A Black Friday, festival de descontos realizado na última sexta-feira (28), fez com que o comércio virtual brasileiro faturasse
R$ 1,16 bilhão em um dia, uma alta de 51% em relação ao ano passado no mesmo evento. Se forem consideradas também as vendas de quinta-feira (27), quando sites começaram a apresentar ofertas, o valor chega a R$ 1,4 bilhão.
Os dados são da consultoria E-bit, tradicional medidora de faturamento do comércio eletrônico no Brasil -a empresa obtém a informação por meio do monitoramento dos dados de 20 mil lojas.
O resultado está próximo da expectativa da companhia, que era de faturamento de R$ 1,2 bilhão. A expectativa é que esse tenha sido o "Natal do e-commerce" e o setor não espera novo pico de vendas neste ano antes da festa de fim de ano.
No ano passado, por exemplo, as vendas em dezembro caíram 18% na comparação com o mesmo mês de 2012, chegando a R$ 2,4 bilhões, algo bastante atípico para um mercado acostumado a crescer a taxas de mais de 20% na comparação anual.
Isso deve ser mais forte neste ano em razão da situação econômica e de a Black Friday ter acontecido no mesmo dia em que grande parte dos trabalhadores receberam a primeira parcela do 13º salário.
De acordo com a E-bit, 1,2 milhão de compradores únicos fizeram aquisições na Black Friday -18% deles nunca havia feito compras pela rede antes. No total, foram 2,2 milhões de pedidos na sexta-feira, com um valor médio de R$ 522 cada um.
Neste ano, cresceram as vendas e também o número de reclamações. No site Reclame Aqui foram registradas mais de 12 mil queixas, ante 8.500 de 2014.
De acordo com o site, a loja que liderou o ranking de reclamações site foi a Americanas.com, com 1.221 reclamações, seguida pela Submarino (1.100), Saraiva (682), Shoptime (235) e KaBuM! (197). "Só as duas primeiras colocadas somaram 2.321 queixas e superaram o número de reclamações que ambas recebem em média em um mês, que é de 2.046 reclamações", afirmou o site.
Entre os problemas mais recorrentes, destaque para problemas de navegação maquiagem de preços, além de dificuldades de continuar a compra depois que o produto é colocado no carrinho da loja virtual.
Uma forma de "maquiagem" identificada pelos consumidores, segundo o site, foi a cobrança de frete caro, compensando o desconto no preço.
OUTRO LADO
A Cnova, empresa formada pela união da Nova Pontocom (responsável pelos sites Extra.com.br, CasasBahia.com.br, Pontofrio.com, Barateiro.com.br) e Cdiscount (Cdiscount.com.br), informou que não foram apresentados problemas técnicos em seus sites.
A B2W (Submarino e Americanas.com) e a Saraiva não comentaram as queixas registradas pelo portal e Procon São Paulo.
O KabuM! afirmou que as dificuldades de acesso registradas foram resolvidas.
Fonte: Folha de são Paulo
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