Gravações telefônicas divulgadas nesta semana pela Polícia Civil mostram o envolvimento de policiais militares com o roubo de caixas eletrônicos em Curitiba e
região metropolitana. Nas interceptações, há o diálogo entre um PM e um criminoso.
O policial garante que as duas viaturas que patrulham a região de Colombo vão dar apoio ao roubo durante a madrugada. Em outro trecho, o bandido pede uma espingarda, o que chama de “bocuda”.
As gravações revelam ainda outra tática: comunicar à Polícia Militar falsas ocorrências de crime, para que as viaturas se desloquem em um sentido contrário ao do roubo no caixa eletrônico. Minutos depois, o suspeito avisa os comparsas.
A tática não funcionou como os bandidos queriam, e a polícia foi até o banco, onde trocou tiros e perseguiu os suspeitos. Um dos veículos utilizados na fuga capotou. Dentro dele, estava um policial militar e o irmão de outro PM.
As investigações da Polícia Civil, que duraram seis meses, resultaram na prisão de dezessete suspeitos, sendo sete policiais militares. No entanto, apenas um continua detido.
“Essas prisões foram realizadas. alguns dias depois, vencido o prazo da prisão temporária, nós representamos pela prisão preventiva. Entendeu o judiciário que não era motivo, para decretação da prisão preventiva, a não ser de um policial”, explica o delegado-titular do Cope, Luiz Alberto Cartaxo.
O delegado destaca que o detido é apontado como o chefe da quadrilha.
“É o chefe da quadrilha, com certeza, porque, naquilo que investigamos, ele passavas as instruções. Ele é quem passava todas as orientações ao restante das quadrilhas”, comenta.
Os nomes dos policiais com suspeita de envolvimento nos roubos a caixas eletrônicos não foram divulgados. A quadrilha é apontada como a responsável por um terço de todas as ocorrências deste crime no Paraná.
Fonte: Band News FM
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