O presidente da Câmara, Henrique Alves (RN), e o deputado Eliseu Padilha (RS) conseguiram, após longa negociação, o apoio
majoritário da bancada do PMDB para assumirem uma vaga na Esplanada no próximo mandato.
Na noite de segunda-feira, depois da reunião com Dilma, os parlamentares do PMDB foram para o Palácio do Jaburu, residência do vice-presidente Michel Temer, para mais uma discussão sobre a situação do partido junto ao governo. Temer pediu que os peemedebistas se unissem e tentassem evitar embates nos próximos dias, porque a presidente Dilma Rousseff sinalizou que chamará o partido em breve para tratar de ministérios.
O jantar, somado a uma operação feita por Padilha de buscar apoio da bancada, resultaram num consenso de que ele representa grande parte dos deputados. Quanto a Henrique, os peemedebistas avaliaram que, apesar de não ter uma relação tão boa com os deputados, ficará sem mandato a partir de 2015 e, por isso, não será “deixado na chuva”. Neste caso, prevaleceu a relação próxima de Henrique com o líder da bancada, Eduardo Cunha (RJ).
“Padilha é um nome que pacifica a bancada. Ele atende todo mundo, já foi ministro, sabe como articular por meio do cargo”, disse o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), um dos mais rebeldes do PMDB.
Com a definição, a equação que envolve os deputados e a direção do partido, ou seja, o vice Michel Temer, fica completa com as indicações à presidente Dilma dos nomes de Henrique e Padilha e a manutenção de Moreira Franco na Aviação Civil, como cota de Temer. Apesar da bancada desejar ministérios de maior capilaridade, Dilma sinalizou com a Previdência para Henrique Alves. Padilha tenta se viabilizar na Integração Nacional, alvo de cobiça também de Henrique, do PROS e do PT.
No Senado, o PMDB ainda não se entendeu. O presidente da Casa, Renan Calheiros (AL) acertou com Dilma que a indicação de Kátia Abreu (PMDB-TO) para a Agricultura passa a ser cota dos senadores, que têm três pastas na Esplanada. O líder do governo, Eduardo Braga (PMDB-AM), tenta viabilizar seu nome para o Ministério de Minas e Energia, mas as demais lideranças do partido ainda não bateram o martelo sobre levar essa indicação à presidente.
“Não dá para especular demais agora e ficar queimando nomes. Vamos aguardar alguma sinalização do Planalto para definir as indicações”, aponta um senador do partido.
Fonte: O Globo
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