A ministra chilena da Saúde, Helia Molina, renunciou nesta terça-feira (30) devido à polêmica envolvendo declarações sobre o aborto entre as filhas das famílias ricas do Chile.
"Devemos informar que a ministra
Molina apresentou sua renúncia para evitar gerar polêmicas desnecessárias que possam prejudicar o governo", disse o porta-voz oficial do governo, Álvaro Elizalde.
Em entrevista ao jornal La Segunda, Molina declarou que "em todas as clínicas cuicas (da elite) as famílias conservadoras realizam abortos em suas filhas".
Molina é a primeira ministra do governo de Michelle Bachelet a abandonar o cargo, dez meses após a posse da presidente socialista.
O Chile é um dos poucos países do mundo onde o aborto segue proibido, sob qualquer forma.
Bachelet prometeu enviar até o final do ano um projeto de lei que prevê a autorização para abortar em caso de estupro, risco de vida para a mãe e inviabilidade do feto.
Na entrevista, Molina garantiu que o projeto será enviado ao Congresso em meados de janeiro.
Até 1989 e por mais de 50 anos, o aborto foi permitido no Chile em casos de risco de morte para a mãe ou inviabilidade do feto, mas antes de deixar o poder, o então ditador Augusto Pinochet proibiu a prática.
Fonte: G1
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