Os dois laudos dos exames de corpo de delito feitos na esposa do subtenente no dia da morte de seu filho de 9 anos apontaram que Cristiane Coelho teve apenas lesões leves. A informação foi confirmada nesta sexta-feira (26), por
uma fonte do Tribuna do Ceará que estava presente na reconstituição, ocorrida na última segunda-feira (22).
O resultado contradiz o que foi exposto pela mulher em fotos divulgadas nas redes sociais. Nas fotos datadas de 15 de novembro, quatro dias após o crime, Cristiane parece ter sido espancada, aparecendo com manchas roxas nas pernas e nos braços. A esposa de Francilewdo Bezerra acusa o marido de ter matado o filho e ainda de tê-la agredido e a obrigado a beber vinho com tranquilizantes.
Além disso, ela mostrou à polícia, no dia da reconstituição, o cinto do subtenente que teria utilizado para feri-la; entretanto, segundo a fonte, o objeto jamais seria capaz de provocar lesões tão graves conforme havia sido divulgado nas imagens. “Não tem como fazer lesões tão graves com um cinto daquela forma”, garante.
Segundo o delegado Wilder Brito, responsável pelas investigações, o cinto que teria sido usado nas agressões foi apreendido durante a reconstituição. “Quando fomos fazer a reconstituição, precisávamos de um cinto, porque a Cristiane disse que foi espancada com um cinto. Ela comprova que o cinto apreendido foi o que a espancou e causou as lesões com a fivela”.
Reconstituição
Após a reconstituição, o Tribuna do Ceará mostrou que o subtenente tem um seguro de vida que pagaria R$ 153 mil em caso de morte. A beneficiada é a esposa. Além disso, o filho que morreu tinha um outro seguro, de valor não revelado. Dessa forma, o fato reforça a reviravolta nas investigações do delegado. Além disso, durante a acareação, a esposa do subtenente admitiu ao marido ter um amante.
De vítima, a esposa do subtenente do Exército virou ainda mais a suspeita em potencial, reconhece o delegado que investiga o caso. O fato de que somente ela tomou tranquilizante, enquanto o marido e o filho ingeriram chumbinho (veneno para rato), já pesava contra si. Francilewdo resistiu ao envenenamento, após um mês internado na UTI do Hospital Geral do Exército. Quando saiu do coma e foi possível se defender da versão de Cristiane, ele acrescentou a informação do seguro.
Chumbinho
Entre os vizinhos do casal, que morava no Bairro Dias Macedo, em Fortaleza, há várias insinuações sobre quem teria vendido o chumbinho (veneno para rato) usado no dia do crime. Para Wilder Brito, encontrar o responsável é peça-chave na resolução do caso. Segundo moradores vizinhos que se aglomeraram em frente à residência do casal durante a reconstituição do crime, o dono de um depósito do bairro teria afirmado que vendeu o veneno para a mulher. Mesmo com o caminhar das investigações, ainda não há data exato para a conclusão do inquérito.
Fonte: Tribuna do Ceará
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