Uma recente briga econômica transformou Atlético-PR e Vitória em grandes rivais. E o caso voltou à tona nas redes sociais justamente
na semana que antecede a última rodada do Brasileiro. Por coincidência, o clube baiano precisa contar com o time paranaense para não ser rebaixado. E o Palmeiras, que é parte interessada, assiste a tudo de longe.
No domingo, na 38ª rodada do Brasileiro, o Vitória precisa ganhar do Santos e ver o Atlético-PR ao menos empatar com o Palmeiras, em São Paulo, para não cair.
Mas de onde vem a rivalidade entre paranaenses e baianos?
O clima, como se vê, é de rivalidade, como se fossem times da mesma cidade ou Estado. Como se sabe, está longe de ser o caso. Então vamos a explicação: o caso começou por conta da contratação do lateral direito Léo, que hoje é reserva no Flamengo.
Léo atuou no Brasileiro de 2013 pelo Atlético-PR emprestado pelo Vitória, e o time paranaense tinha, por contrato, a preferência na compra dos direitos federativos do jogador ao final do empréstimo, em dezembro de 2013. E o Atlético quis exercer essa preferência.
O Flamengo, porém, entrou na história e ofereceu R$ 2 milhões por 50% dos direitos do lateral, R$ 500 mil a mais do que o clube paranaense, que não cobriu a proposta e perdeu o jogador. Só que o Vitória chegou a receber o dinheiro antes de aceitar a proposta do rubro-negro carioca, e entendeu que não deveria devolver a quantia paga pelo Atlético.
O clube paranaense, então, entrou na Justiça, e em agosto de 2014 viu o processo ser extinto, além de ser obrigado a pagar R$ 150 mil para o Vitória em razão do processo.
Em contato com o UOL Esporte, o Atlético-PR disse que não se manifestará sobre o assunto, nem se entrou com recurso.
Já o Vitória afirmou que espera que este caso não influencie dentro de campo. "As divergências jurídicas existem e serão resolvidas no fórum adequado, que é a Justiça. Em relação ao jogo, o Vitória confia nos atletas e na comissão técnica do Atlético-PR, que são profissionais respeitados e não vão permitir que fatores extracampo interfiram no desempenho técnico deles", disse o presidente Carlos Falcão em contato com o UOL Esporte.
Confira trecho da conclusão do processo decidido por Maria Jacy de Carvalho, juíza da 9ª Vara Cível de Salvador: "(...) constatando que o documento que aparelha a execução não constitui título hábil, ressentindo-se, portanto, o procedimento de pressuposto de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo, impõe-se a sua extinção sem resolução de mérito. (...) Declaro, ainda, a extinção do processo apenso, face a evidente perda de objeto. Condeno a parte autora ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios que fixo em 10% sob o valor da execução (...)".
Outro caso envolvendo os dois clubes é mais recente: o Atlético-PR cobra o Vitória a última parcela da contratação do atacante Dinei, no valor de R$ 405 mil.
Alheio à situação, o técnico Claudinei Oliveira, do Furacão, já admitiu que pode poupar jogadores na partida contra o Palmeiras: "Se eu tiver que poupar alguns jogadores devido a lesões, ou ainda se eu optar por liberar alguns jogadores antes, vou fazer o que for melhor para o Atlético. Independentemente das alternativas que o time usar, vamos entrar em campo para ganhar o jogo", disse o treinador.
O Palmeiras encara o Atlético-PR no Allianz Parque, em São Paulo, no domingo, a partir de 17h, mesmo horário de Vitória x Santos, no Barradão. O Bahia é o outro time que ainda pode escapar da queda: dependendo de derrotas dos dois rivais, precisa vencer o Coritiba, fora de casa (clique aqui para saber o que cada time precisa para fugir da Série B em 2015).
Fonte: Uol
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