O grupo que alega ser responsável por hackear as redes da Sony ameaçou atacar as salas de cinema que exibirem "A entrevista", filme de comédia sobre um plano fictício
da CIA para assassinar Kim Jong-Un, líder da Coreia do Norte. A ameaça, que foi divulgada em sites de compartilhamento de arquivos, faz menção ao atentado de 11 de setembro e afirma ainda que "o mundo será tomado pelo medo".
Em 24 de novembro, a Sony foi vítima de um ciberataque atribuído ao grupo "Guardians of Peace" (Guardiões da Paz, em tradução). No passar das últimas semanas, os hackers divulgaram e-mails entre diretores dos estúdios, senhas e até roteiros de filmes, como o novo de James Bond.
Na mensagem compartilhada nesta terça-feira (16), o "GOP" afirma que "irá mostrar claramente, nos momentos e lugares em que 'A entrevista' for exibido, incluindo sua estreia, o destino amargo daqueles que buscam diversão no terror. Em breve, o mundo irá ver o filme terrível que a Sony Pictures fez". A ameaça ainda recomenda que as pessoas fiquem longe das salas de cinema que forem passar "A entrevista". O filme entra em cartaz nos Estados Unidos no dia 25. A pré-estreia, realizada na quinta-feira (11), foi calma, apesar da polêmica.
Na imprensa especializada estrangeira, especula-se que a Coreia do Norte tenha algum tipo de envolvimento com as invasões. Pyongyang classificou o filme como um "ato de terrorismo", e investigadores envolvidos no caso teriam dito que ferramentas de ataques cibernéticos já realizados pela Coreia do Norte teriam sido usadas na ação contra a Sony. O país negou qualquer relação com os ciberataques, mas os elogiaram e os classificaram como "um ato justo".
Essa não é a primeira ameaça recebida pela Sony após o "GOP" assumir a autoria dos ciberataques contra a empresa. No início de dezembro, funcionários receberam e-mails do suposto líder do "GOP" ordenando-os a se opor às ações da Sony caso não queiram "sofrer danos". "Se não o fizerem, não apenas vocês, mas também seus parentes estarão em perigo", diz a mensagem.
Nesta segunda-feira (16), Michael Lynton, presidente da Sony, se reuniu com funcionários da empresa para abordar as consequências do ciberataque. O FBI revelou nesta segunda (16) à agência AFP que, na semana passada, se reuniu "com empregados da Sony para falar sobre cibersegurança". A presidente da companhia, Amy Pascal, foi uma das mais prejudicadas pelo vazamento dos e-mails, tendo que pedir desculpas, na semana passada, ao presidente americano, Barack Obama.
Em uma troca de mensagens com o produtor Scott Rudin, Pascal escreve se deve perguntar a Obama sobre os filmes "Django Livre", "12 anos de escravidão" e "O mordomo da Casa Branca", todos eles sobre a questão racial nos Estados Unidos. Rudin também fez ataques à atriz Angelina Jolie por sua possível participação na produção de "Cleópatra", chamando-a de uma "menina mal educada com talento mínimo", "infantil, irresponsável e caprichosa".
Fonte: G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!