A Previdência Própria dos Municípios
(RPPS), em especial a de Itaú-RN tem trazido algumas incertezas para seus
servidores, no
entanto, quando o assunto é aposentadoria, parece que ela
resolveu perseguir o município de Itaú-RN, de quebra, a vizinha Cidade de
Taboleiro Grande-RN anda lado a lado como co-irmã nos problemas.
De acordo com declarações ouvida pela
redação do Cidade News, os ex-gestores de Itaú e Taboleiro Grande, Edson Melo (ex-DEM) e
Maria Miriam (PMDB), respectivamente, deixaram para os dois municípios multas de 1 a 3
milhões de reais, recolhidos indevidamente da Previdência Social (INSS).
O assunto veio a tona, na sessão da
Câmara Municipal de Itaú na última sexta-feira, 28 de novembro de 2014, quando
os vereadores, junto com o sindicato (SINDSERTRIS) buscavam respostas para o
atraso dos repasses do Regime de Previdência Própria (RPPS), quando o Vereador
Gildo Pinheiro em suas explicações pessoais, tentava contornar a situação dando
ideias para solucionar o problema e ao sugerir voltar a previdência para o
INSS, um popular no plenário da casa rebateu o vereador dizendo que o retorno
também não é seguro, há incertezas, onde o município está respondendo há um
processo referente ao INSS.
Foi quando o Vereador Jailson Brito foi
mais a fundo, e questionou o Prefeito Ciro Bezerra, para que os presentes a
sessão pudessem entender do que o popular estava falando, dizendo que a
Prefeitura Municipal de Itaú foi notificada a devolver R$ 1.052.000,00 (um
milhão e cinquenta e dois mil reais) de umas compensações que foram feitas em
2009, querendo saber como a prefeitura, diante de uma crise financeira, como
foi tanto explicado pelo prefeito, ia pagar essa dívida.
O Assessor Jurídico da Casa, Jansen
Leite, pediu autorização para explicar porque o ex-gestor, Edson Melo, estava
sendo investigado pela Polícia Federal, ao recorrer a essas compensações.
De acordo com as explicação do assessor
jurídico dizendo que “essa situação também não é só Itaú que está sofrendo não!
Taboleiro Grande tem uma situação que a prefeita da gestão anterior fez uma
compensação indevida do INSS e gerou lá uma multa de R$ 3.700.000,00 (três
milhões e setecentos mil reais). Existe uma execução fiscal da gestão anterior
que deixou R$ 3.700.000,00 (três milhões e setecentos mil reais) de dívidas, em
Itaú foi de R$ 1.052.000,000 (um milhão e cinquenta e dois mil reais).
O que foi isso?
Existia um grupo de advogados que eu
não posso chamar de advogados (porque eu acho que advogado deve ter
responsabilidade com o que se faz) de Pernambuco. E saiu percorrendo esses
municípios, fazendo contrato de risco e fazendo irregularidades.
Porque?
Quando você vai realizar uma
compensação com o INSS ou com a Receita Federal, você primeiramente tem que
abrir um processo administrativo junto a Receita Federal ou ao INSS, que no
caso o INSS é controlado pela Receita Federal. Dizendo a motivação pelo qual
você vai fazer a compensação e de onde saíram os crédito. A Receita Federal
homologa esse processo administrativo, e determina qual é o crédito que o
município tem para poder fazer a compensação, ou, se no caso a Receita não
homologar, entra-se com um processo judicial e no processo judicial você
consegue a homologação judicial daquela compensação.
Esse pessoal de Recife que veio pra cá,
não foi só aqui, foi em vários municípios. Estou dizendo porque eu tive
conhecimento, e eu trabalhei essa tese com outros municípios, só que não foi do
jeito como eles fizeram, porque é um problema muito sério. Porque alguns
prefeitos vê a coisa muito fácil então termina ficando tentado, e esse pessoal o
que eles faziam? Faziam um levantamento físico lá na prefeitura, pegava as
folhas de pagamento. Você tem um milhão para compensar, ok! Ai ele já faziam as
guias de colhimento do INSS automaticamente e pagava ao bel prazer deles, não
informava a Receita de nada. O que a Receita fazia? Autuava, vinha uma
auditoria, ai descobriu o rombo; pegue uma multa. Além do que foi indevidamente
compensado, que não era dessa forma que se faz, ainda levava uma multa. E foi isso
o que aconteceu com vários municípios. Qual era o procedimento correto? Entrar
com um processo administrativo na Receita Federal” explicou Jansen.
O assessor prossegui a informação
dizendo que inclusive a Polícia Federal está investigando, não só o escritório
de advocacia que fez isso, como também os prefeitos que assinaram os contratos.
Porque na verdade não era para ter sido feito da maneira como foi feito. Sendo
complicado para o município ter que responder processos de outros gestores como
o não recolhimento do Patronal e do Servidor referente os meses de outubro,
novembro, dezembro e o décimo terceiro de 2012, deixando um rombo de 300.000,00
mil reais, causando prejuízos ao atual gestor (Ciro).
Jansen explicou como de dato a divida
foi gerada pelo município, porém não respondeu a pergunta do nobre vereador, se
o rombo ficaria por conta da prefeitura ou tinha outra solução.
De posse das informação a redação do
Cidade News apurou os fatos e o município nos informou que já recorreu a
justiça referente a multa de compensações previdenciárias indevidas, e que
estão apenas esperando os tramites legais da Justiça Federal, dizendo que o
atual gestor não teve culpa referente ao processo, por ser referente a outra
administração, ficando a cargo do administrador responder pelos atos cometidos
durante sua gestão.
E para dar maior credibilidade ao
assunto, pesquisamos o processo junto a Receita Federal do Brasil, onde podemos
constatar que o mesmo, encontra-se em andamento, com registro da última
movimentação no dia 29 de outubro de 2014, originado pela Delegacia da Receita
Federal em Mossoró-RN pelo Núcleo de Arrecadação e Cobrança.
Clique na imagem para ampliar |
Ficando ainda a pergunta no ar: Quem vai pagar a conta?
E quem pensa que vai parar por aqui, se
engana, fique atento as próximas postagem do nosso blog, assim você ficará
informado da situação que se encontra hoje o nosso município.
Arlindo Maia da Redação do Cidade News.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!