As investigações do Ministério Público do Rio Grande do Norte apontam que duas organizações criminosas 'ditam diretrizes e princípios' no sistema penitenciário
do estado. As diretrizes e princípios, segundo o MP, são seguidas pelos integrantes das organizações, que articulam crimes fora dos presídios. O órgão ministerial aponta ainda que um dos grupos tem forte relação com outros estados da federação.
A operação 'Alcatraz' - uma alusão ao nome da penitenciária americana instalada na ilha de Alcatraz, que no início do século XX recebia os chamados chefões do crime organizado - cumpriu 223 mandados de prisão e 97 mandados de busca e apreensão. A operação conjunta envolveu Ministério Público, Polícia Militar e Polícia Rodoviária Federal. Os mandados de prisão e busca e apreensão começaram a ser cumpridos no início da manhã desta terça-feira (2).
Dos 223 mandados de prisão, 154 foram para investigados já presos, integrantes das organizações criminosas. O MP explica que a expedição de novos mandados necessária para impedir a soltura dos detentos e evitar a concessão de benefícios da execução penal como progressão de regime, indulto natalino, entre outros.
Além do Rio Grande do Norte, as ordens judiciais foram cumpridas também em São Paulo, Paraná e Paraíba. No RN, os mandados foram cumpridos em Natal, Parnamirim, São Gonçalo do Amarante, Currais Novos, Caicó, Assu, Parelhas, Lajes, Jucurutu, Jardim do Seridó, Jardim de Piranhas, São Vicente, Acari, Cruzeta e Santa Cruz.
As investigações de comissões do Ministério Público duraram 10 meses. De acordo com o MP, as informações colhidas no período possibilitaram a realização de 75 prisões em flagrante feitas pela Polícia Militar e Polícia Rodoviária Federal. As prisões foram efetuadas por crimes de tráfico de drogas, porte ilegal de arma de fogo e roubo
Ainda segundo o MP, a maior apreensão de drogas do ano foi realizada a partir da investigação. Aconteceu no dia 18 de maio deste ano, na cidade de Dourados, estado do Mato Grosso do Sul, onde a Polícia Rodoviária Federal apreendeu 15,2 toneladas de maconha. O órgão ministerial afirma que parte expressiva da droga seria distribuída no Rio Grande do Norte.
Ao G1, o secretário estadual da Segurança Pública e da Defesa Social, general Eliéser Girão, afirmou que muitas denúncias foram recebidas sobre a atuação do crime organizado nos presídios. "Chegamos no limite do limite. Recebemos muitas denúncias com muita gente envolvida. Não poderíamos esperar mais", disse.
Fonte: G1
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