Cerca de 20% da frota potiguar terá que trocar extintor veicular até o dia 1º

A partir do dia 1º de janeiro de 2015, todos os veículos em uso no país deverão estar equipados com extintores de incêndio com pó químico do tipo ABC. A medida,

determinada pela Resolução 333/2009 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), visa aumentar o nível de segurança contra um eventual incêndio ao oferecer proteção contra acidentes provocados por combustíveis, pane elétrica e sólidos. A estimativa do Departamento Estadual de Trânsito do Rio Grande do Norte (Detran/RN) é que aproximadamente 20% da frota potiguar tenha que ser readequada.

Segundo o coordenador de Fiscalização de Detran, Adriano Barbosa, a substituição deve ser feita antes do dia 1º de janeiro, já que a partir desta data, os veículos deverão estar equipados já com o extintor com carga de pó ABC. Ele disse que todos os automóveis produzidos de 2005 para cá já saíram de fábrica com esse tipo, mas os anteriores não, daí a necessidade de troca.

“O objetivo é garantir mais segurança para o motorista e os passageiros, uma vez que o extintor que deve ser substituído só serve para combater os incêndios provocados por combustíveis ou problemas gerados na parte elétrica do veículo, ou seja, do tipo BC. O equipamento com o pó químico do tipo ABC combate, além desses dois, também o fogo em sólidos, tipo bancos, volante, painel e outros”, explicou.

Adriano disse que aproximadamente 20% da frota potiguar se enquadra nesta categoria e precisa substituir imediatamente o produto. E alertou que as penalidades para quem descumprir a resolução do Contran são: multa no valor de R$ 127,69 e cinco pontos acrescidos na carteira de habilitação, por ser uma infração de trânsito de natureza grave.

O equipamento já está sendo comercializado há algum tempo em estabelecimentos como lojas de autopeças e especializadas em extintores. Lembrando que eles são descartáveis e possuem validade de cinco anos, ou seja, venceu, deve ser descartado e adquirido outro. Ele alertou ainda que, mesmo quem não precisa trocar a peça, fiquem atentos ao lacre de segurança, que não deve estar violado e a data de validade, uma vez que eles são descartáveis e não podem ser recarregados.

“A própria pessoa pode fazer essa troca, basta retirar o antigo e colocá-lo no mesmo lugar, mas alertamos que, quem não precisa fazer a troca, veja o equipamento dentro do seu carro, retire-o e recoloque-o no lugar, para se familiarizar com ele e, em uma eventual necessidade, saiba como manuseá-lo, por exemplo. Também é preferível mantê-lo desembalado, fora do plástico que o cobre, para facilitar o uso em um caso de urgência”, afirmou.

Adriano falou ainda que o Detran não fará operações específicas para isso, ele será fiscalizado como um item de segurança comum, a exemplo de um pneu, macaco de roda, triangulo, farol, entre outros. É um item que será fiscalizado, mas que não será foco de fiscalização específica.

Motoristas já iniciaram trocas

“Aproveitei que tinha que fazer a vistoria e troquei o extintor. Sei que é um equipamento de segurança e me preocupo muito, porque vivo viajando e urgências acontecem quando a gente menos espera. Comprei este carro recentemente e foi uma das primeiras coisas que eu olhei”, falou o autônomo Cleber Bezerra, que estava na manhã desta sexta-feira (26) no Detran, para regularizar seu automóvel.

O comerciante Cleiton Cavalcanti, que trabalha vendendo extintores de incêndio veiculares, disse que a procura ainda está tímida, mas deve crescer até a próxima quarta-feira, último dia para a substituição. “Começamos a vender em março passado, mas o brasileiro sempre deixa tudo para última hora, então, começou a aumentar a procura de uma semana para cá. Ainda assim, está abaixo do esperado. Vamos ver se na próxima semana melhora”, falou.

Segundo o estagiário do setor de Vistoria do Detran, Eliton Teixeira, de cada dez veículos que passam por suas mãos, cinco precisam e fazem a troca do equipamento antigo pelo novo. “Ou trocam porque está vencido ou porque são do tipo BC. Como a obrigação é para os carros fabricados antes de 2005, esse número é baixo mesmo, mas de uns dias para cá, já apareceram um bocado”, disse.

Fonte: Portal JH