A fábrica da Dore, uma das maiores empresas do Estado, voltada para a produção de refrigerantes, localizada no Distrito Industrial de Macaíba, foi a mais nova vítima de
criminosos no Rio Grande do Norte. Na madrugada desta quarta-feira (17), um bando fortemente armado invadiu o local, rendeu 12 funcionários e fugiu levando dois cofres e um caminhão baú cheio de produtos. Porém, a quadrilha acabou não tendo muita “sorte”.
Segundo informações de Marcel Dore, um dos diretores da empresa, cerca de cinco homens chegaram por volta da meia noite. “Um deles pulou o muro e rendeu uma pessoa da produção da fábrica. Depois ele levou essa pessoa até o portão e abriu caminho para os outros, que estavam em um carro do lado de fora. Depois eles renderam os outros funcionários em uma sala (eram 12 funcionários no momento do crime) e saíram fazendo o rapa na fábrica. Eles estavam fortemente armados e encapuzados”.
Primeiro os ladrões recolheram os celulares dos funcionários. Logo em seguida foram direto em direção às salas em que os cofres da empresa são guardados. “Acreditamos que os assaltantes já vieram muito bem informados. Alguém que conhecia bem o funcionamento da empresa passou informação para eles. Pois em nenhum momento eles perguntaram onde estavam os cofres”, destacou Marcel.
Toda a ação da quadrilha durou mais de 1 hora e 30 minutos. Eles conseguiram levar dois cofres e ainda saíram em um caminhão baú, da Mercedes, modelo 710 e placas MXZ-4421. O bando ainda tentou violar outros três cofres, mas não conseguiram. “Eles quebraram portas, cortaram fios de alarme e usaram maçaricos para tentar abrir outros três cofres, mas acabaram não conseguindo”, disse Marcel.
O que os criminosos não esperavam é que os cofres que eles conseguiram levar, não tinham nenhuma quantia em dinheiro. “Um dos cofres que eles levaram não tinha nada, pois recentemente nós tínhamos retirado os objetos que estavam nesse cofre e levado para outros, mais seguro, que foi um dos que eles tentaram abrir e não conseguiram. Já o outro que eles levaram tinha uma arma do vigilante e uns coletes. Eles vão ficar bem nervosos quando abrirem e não virem nenhum dinheiro”.
Os funcionários só foram libertados depois que uma das pessoas, que conseguiu esconder o celular dos bandidos, ligou para um colega que estava de folga. “Quando nós chegamos no local, encontramos todos os funcionários presos dentro de uma sala. Felizmente ninguém estava ferido. Os criminosos já tinham escapado. Até fizemos algumas diligências, mas ninguém foi encontrado”, contou o subtenente Francisco Figueiredo, do 3º Batalhão da PM.
Há 15 anos funcionando no local onde foi vítima dos bandidos (há mais de 100 anos que a Dore funciona no RN), a empresa já foi assaltada outras vezes. “Desde 1999, que foi quando mudamos para cá, já fomos assaltados umas seis vezes. Em uma os criminosos obrigaram os funcionários a ajudar a colocar o cofre dentro de um caminhão. Em outro eles entraram com minha mãe, mas ela deu um grito muito grande que eles se assustaram e fugiram. Mas esse foi o mais grave que nós tivemos”, recorda Marcel Dore.
Por fim, o diretor da empresa conta que já reclamou diversas vezes sobre a questão da iluminação na região. “No período da noite isso aqui é um deserto, não tem ninguém e é tudo escuro. Os bandidos chegam na frente da fábrica e ninguém consegue observar. Já reclamamos dessa escuridão, mas o poder público nada faz. Nós que temos que melhorar nossa segurança. Aos poucos vamos adequando para tentar garantir mais segurança para os nossos funcionários e mais uma vez vamos saber em que sentido podemos melhorar para dificultar a situação dos criminosos. Pois sabemos que se um bandido quiser assaltar, nada vai impedi-lo de fazer isso”.
Fonte: Portal JH
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