O terrorista turco Mehmet Ali Agca, autor do atentado contra o papa João Paulo 2º em 1981, foi expulso da Itália dois dias depois de realizar
uma oferenda floral perante o túmulo do santo polonês, no Vaticano.
De acordo com o que foi publicado pelo jornal "La Repubblica", a expulsão aconteceu ontem à noite, quando o ex-membro do grupo terrorista de extrema direita "Lobos Grises" embarcou em um voo desde o aeroporto de Fiumicino com destino a Istambul.
No sábado, Agca, de 56 anos, foi visto perante o túmulo do santo polonês para realizar uma oferenda floral, dia no qual se completava o 31° aniversário da visita que Wojtyla lhe realizou na prisão romana de Rebbibia, onde permaneceu após a tentativa de assassinato.
Após depositar as flores, Agca foi conduzido pela polícia italiana à delegacia romana de Cavour, onde explicou que "sentia a necessidade de realizar este gesto".
Ontem o juiz de paz de Roma deu permissão para proceder com sua expulsão definitiva do país.
Os advogados da família Orlandi, Massimo Krogh e Nicoletta Piergentili, pediram sua detenção para submetê-lo a um interrogatório em relação com o caso de Emanuela Orlandi, filha de um empregado do Vaticano desaparecida em 1983 e cujo caso foi relacionado e nunca provado com o atentado contra o papa.
Agca assegurou em várias ocasiões que Emanuela, cuja desaparecimento se transformou em mistério, está viva, em bom estado e vive na Turquia.
Agca foi o autor dos disparos que João Paulo 2ºrecebeu em 13 de maio de 1981 durante um ato na praça São Pedro do Vaticano.
O papa foi alcançado por quatro balas, e Agca foi detido imediatamente.
João Paulo 2º sobreviveu e inclusive ofereceu em pessoa seu perdão ao turco.
Fonte: Uol
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