O último foragido da sétima fase da Operação Lava-Jato, Adarico Negromonte Filho, se entregou na manhã desta segunda-feira em
Curitiba (PR). Irmão do ex-ministro das Cidades Mário Negromonte, ele chegou à sede da Superintendência da Polícia Federal de táxi, acompanhado da advogada Joyce Roysen.
Adarico é suspeito de ter transportado malas de dinheiro a pedido do doleiro Alberto Youssef, delator do suposto esquema de desvio de recursos da Petrobras. Sem barba e com o semblante abatido, ele saiu do carro e caminhou cerca de 50 metros até a entrada do prédio. Durante o trajeto, não escondeu o rosto, como fizeram outros detidos, nem falou com a imprensa.
Conforme a assessoria da PF, Adarico foi recebido por um dos delegados responsáveis pela investigação e deve passar por exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal de Curitiba até o fim do dia. Ainda não está definido quando ele prestará depoimento.
A advogada Joyce Roysen já havia confirmado que o cliente iria se apresentar aos agentes de forma voluntária, mesmo que o pedido de revogação da prisão temporária, feito no dia 18, fosse negado pela Justiça. O prazo do mandado é de cinco dias de detenção e passa a valer a partir de hoje.
“Meu cliente está disposto a colaborar com as investigações e por isso decidiu comparecer. Acreditamos que, depois de prestar depoimento, ele será liberado”, disse Joyce, no domingo.
A defesa apresentou uma petição ao juiz federal Sérgio Moro, responsável pelo processo, na qual reforçou o pedido de liberdade provisória. Conforme o texto, assinado por Joyce e por outras três advogadas, Adarico decidiu se apresentar “por não suportar mais as mazelas da prisão temporária decretada”.
Fonte: O GLOBO
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