Considerado o primeiro motim registrado no sistema penitenciário federal do país desde a inauguração em 2006, o quebra-quebra de pias, chuveiros e vasos sanitários de celas da unidade de segurança máxima de Porto Velho (RO)
teria sido motivado pela transferência Roberto Soriano, o Betinho Tiriça, de 41 anos, para a penitenciária Federal de Mossoró.
A suposta causa foi apontada em reportagem publicada no site da Folha de São Paulo desta segunda-feira (24). Com o tema "Facção criminosa se articula em presídios federais no país", a matéria atribui a informação à agentes penitenciários lotados nos próprios presídios federais, que apontam Soriano como um dos chefes do Primeiro Comando da Capital (PCC).
Segundo a matéria da Folha, Soriano foi levado para Rondônia no ano passado após a acusação de ter matado policiais em São Paulo. A reportagem traz que ele já teria sido flagrado em escutas telefônicas articulando a facção criminosa nas unidades federais. Em um desses flagrantes, Francisco Cesário da Silva, "Piauí", estava em uma conversa em 2012 e como punição foi transferido para Mossoró.
Em 2013, Soriano foi transferido de Porto Velho também para Mossoró, "onde a ordem judicial prevê que fique isolado até fevereiro de 2015. Banho de sol apenas na cela, mas, a visita íntima está liberada pela administração", detalha trecho da matéria, pontuando que o cálculo de servidores do SPF ouvidos pela reportagem é de que 56 detentos do sistema tenham se tornado adeptos da facção ou "batizados".
Fonte: Defato
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