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sexta-feira, novembro 07, 2014

Suspeito morto em ação que vitimou vigilante tinha antecedentes, diz polícia

Douglas Lourenço era refém de um suspeito quando foi morto em troca de tiros com PMs na Redinha, em Natal (Foto: Arquivo pessoal/Douglas Lourenço)O suspeito de ter trocado tiros com policiais militares na última terça-feira (4) na praia da Redinha, na Zona Norte de Natal, tinha antecedentes criminais por homicídio, roubo e porte ilegal de arma.
A troca de tiros resultou na morte do suspeito, identificado como João Paulo Gomes de Araújo, de 23 anos, e do vigilante Douglas Azevedo Lourenço, de 28 anos, que segundo a família, estava sendo feito refém quando foi baleado. Os dois morreram dentro do carro do vigilante.
A delegada Thaís Aires, que atendeu a ocorrência pela Delegacia Especializada de Homicídios, informou que está identificando e ouvido testemunhas do caso. Os policiais militares do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e 4º Batalhão da PM já foram todos identificados, de acordo com a delegada. "Estamos ouvindo policiais e outras testemunhas. Além disso, aguardamos os resultados do laudo do veículo e necropsia dos corpos", detalha Aires.
Sobre João Paulo Gomes, a delegada explica que o jovem é suspeito de ter atirado em um policial da Companhia de Policiamento de Trânsito (CPRE) durante a manhã e que a tarde foi visto na praia da Redinha. "Os policiais contaram que com essas informações realizaram o patrulhamento na área", afirma. Quando cruzou com os PMs, João Paulo estava no banco do passageiro do Pálio branco dirigido pelo vigilante Douglas.
Na troca de tiros, tanto o suspeito quanto o vigilante foram baleados e morreram. Nesta quinta-feira (6), o delegado Frank Albuquerque, coordenador da Delegacia Especializada em Homicídios, disse acreditar que o tiro que matou o vigilante durante uma ação policial não partiu da arma dos PMs. Segundo ele, tudo indica que o tiro foi disparado pelo homem que estava no carro com Douglas.
“Ele só levou um tiro e foi do lado direito da cabeça à queima-roupa. Tinha uma mancha de queimado em volta do orifício aberto pela bala, ou seja, foi a pólvora expelida pelo tiro”, disse No entanto, ainda de acordo com o delegado, só será possível confirmar que o tiro partiu da arma do outro homem que estava no carro após o resultado do laudo do Itep.
A família de Douglas Azevedo Lourenço registrou um boletim de ocorrência relatando que ele foi feito refém quando estava na praia da Redinha para apresentar sua casa de veraneio a um casal que estava interessado em alugar o imóvel. Antes mesmo de descer do veículo, o vigilante foi abordado pelo suspeito e foi obrigado a dirigir o carro, que cruzou com os carros da Polícia Militar logo depois.
PM abre inquérito
O comandante geral da PM do Rio Grande do Norte, coronel Francisco Araújo, informou que na tarde da terça-feira (4) policiais receberam um chamado de que havia um veículo roubado com um assaltante dentro na Redinha, Zona Norte da capital. "Ao abordarem o veículo, os policiais foram recebidos a tiros e houve o revide", acrescentou.
Ele determinou a instauração de um Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar a conduta dos PMs envolvidos na ação. "O inquérito tem um prazo legal de 40 dias. A investigação vai apurar se os tiros que mataram o suposto refém partiram da PM ou do outro homem que estava no carro", disse Araújo.

Fonte: G1/RN

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