O suspeito de ter trocado tiros com policiais militares na última terça-feira (4) na praia da Redinha, na Zona Norte de Natal, tinha antecedentes criminais por homicídio, roubo e porte ilegal de arma.
A troca de tiros resultou na morte do suspeito, identificado como João Paulo Gomes de Araújo, de 23 anos, e do vigilante Douglas Azevedo Lourenço, de 28 anos, que segundo a família, estava sendo feito refém quando foi baleado. Os dois morreram dentro do carro do vigilante.
A delegada Thaís Aires, que atendeu a ocorrência pela Delegacia Especializada de Homicídios, informou que está identificando e ouvido testemunhas do caso. Os policiais militares do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e 4º Batalhão da PM já foram todos identificados, de acordo com a delegada. "Estamos ouvindo policiais e outras testemunhas. Além disso, aguardamos os resultados do laudo do veículo e necropsia dos corpos", detalha Aires.
Sobre João Paulo Gomes, a delegada explica que o jovem é suspeito de ter atirado em um policial da Companhia de Policiamento de Trânsito (CPRE) durante a manhã e que a tarde foi visto na praia da Redinha. "Os policiais contaram que com essas informações realizaram o patrulhamento na área", afirma. Quando cruzou com os PMs, João Paulo estava no banco do passageiro do Pálio branco dirigido pelo vigilante Douglas.
Na troca de tiros, tanto o suspeito quanto o vigilante foram baleados e morreram. Nesta quinta-feira (6), o delegado Frank Albuquerque, coordenador da Delegacia Especializada em Homicídios, disse acreditar que o tiro que matou o vigilante durante uma ação policial não partiu da arma dos PMs. Segundo ele, tudo indica que o tiro foi disparado pelo homem que estava no carro com Douglas.
“Ele só levou um tiro e foi do lado direito da cabeça à queima-roupa. Tinha uma mancha de queimado em volta do orifício aberto pela bala, ou seja, foi a pólvora expelida pelo tiro”, disse No entanto, ainda de acordo com o delegado, só será possível confirmar que o tiro partiu da arma do outro homem que estava no carro após o resultado do laudo do Itep.
A família de Douglas Azevedo Lourenço registrou um boletim de ocorrência relatando que ele foi feito refém quando estava na praia da Redinha para apresentar sua casa de veraneio a um casal que estava interessado em alugar o imóvel. Antes mesmo de descer do veículo, o vigilante foi abordado pelo suspeito e foi obrigado a dirigir o carro, que cruzou com os carros da Polícia Militar logo depois.
PM abre inquérito
O comandante geral da PM do Rio Grande do Norte, coronel Francisco Araújo, informou que na tarde da terça-feira (4) policiais receberam um chamado de que havia um veículo roubado com um assaltante dentro na Redinha, Zona Norte da capital. "Ao abordarem o veículo, os policiais foram recebidos a tiros e houve o revide", acrescentou.
Ele determinou a instauração de um Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar a conduta dos PMs envolvidos na ação. "O inquérito tem um prazo legal de 40 dias. A investigação vai apurar se os tiros que mataram o suposto refém partiram da PM ou do outro homem que estava no carro", disse Araújo.
Fonte: G1/RN
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