A polícia prendeu nesta quinta-feira (27), no Jabaquara, na Zona Sul de São Paulo, um homem suspeito de participar da facção criminosa que
age dentro e fora dos presídios. Durante a prisão, o rapaz tentou fugir, e acabou caindo de uma altura de sete metros. Ele quebrou a perna e foi levado para cirurgia em um hospital da região. As informações são da Globo News e do Jornal Hoje.
Na casa do suspeito, a polícia apreendeu documentos, extratos bancários, um celular e notas de guarani, a moeda do Paraguai. A captura faz parte de uma mega-operação da polícia, chamada de Dublê, realizada nessa quinta em São Paulo, Goiás e Mato Grosso do Sul, para prender uma quadrilha que usava carros de luxo para transportar drogas.
Em São Paulo, mais dois homens foram presos. Um em Barreirinha, no interior paulista, e outro dentro do Centro de Detenção Provisória de Pinheiros (CDP), na Zona Oeste da capita. O suspeito já estava preso por um outro crime.
Os bandidos roubavam os carros em cidades como São Paulo e transportavam os veículos em caminhões-cegonha para não levantar suspeitas. As investigações foram feitas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público.
Outros mandados estão sendo cumpridos em celas penitenciárias, de onde parte da quadrilha agia. Os policiais também fazem busca e apreensão em 15 endereços. Nove carros de luxo já foram apreendidos.
A investigação começou há oito meses. A maconha, que era trazida do Paraguai, entrava no Brasil pela cidade de Coronel Sapucaia, em Mato Grosso do Sul. A quadrilha escondia a droga em casas perto da fronteira. Depois, a droga era distribuída para todo o país em carros de luxo que eram roubados em Goiás e São Paulo.
Segundo a polícia, a quadrilha usava caminhões cegonha como disfarce para levar os carros roubados para o Mato Grosso do Sul. Os policiais disseram que presos de dentro de cadeias supervisionavam todo o esquema que fornecia os carros roubados para a quadrilha de traficantes.
Em uma ligação interceptada pela polícia, um dos presos faz planos para quando deixar a prisão: “Quero sair da cadeia e quero sair com pelo menos uns R$ 500 mil. Daqui dez dias eu tô na rua. Eu não vou morar mais no Brasil não. Eu vou morar em outro paisinho aí. Já tá tudo acertado... Já comprei casa pra lá”.
A quadrilha foi descoberta há oito meses por um grupo de promotores de Justiça de Mato Grosso do Sul que investiga o crime organizado.
A quadrilha se exibia na internet e publicava fotos nas redes sociais com motos importadas, barcos e jet-ski. Segundo as investigações, o bando usava armamento pesado e negociava com outras quadrilhas a compra de armas e munições. Ainda de acordo com a polícia, a quadrilha tinha criminosos que faziam o trabalho de olheiros. Eles ficavam escondidos na mata e avisavam os motoristas, que viajavam com a maconha, se havia polícia por perto.
Fonte: G1
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