O Rio Grande do Norte possui 13 municípios em situação de risco e três em alerta para a ocorrência de epidemia de dengue, conforme pesquisa divulgada pelo Ministério
da Saúde. Os dados, baseados no Levantamento Rápido do Índice de Infestação pelo Aedes aegypti (Liraa) de outubro, revelaram ainda que Natal é uma das dez capitais em situação de alerta no país, por apresentar larvas de 1,6% dos imóveis pesquisados. Outras três cidades potiguares apresentam índice satisfatório, abaixo de 1% de infestação predial. Até o último dia 11 de outubro, tinham sido confirmados quase 3,8 mil casos da doença em todo o Estado, com 17 óbitos.
Segundo o chefe do Centro de Controle de Zoonoses de Natal (CCZ), Alessandre de Medeiros, o município conseguiu reduzir o Liraa de 4,1% para 1,6% nos últimos três meses, após o incremento das ações educativas feitas com a sociedade natalense, o fim do período chuvoso e o retorno ao trabalho pelos agentes de saúde. Apesar disso, ele afirmou que as ações serão intensificadas a partir do próximo dia 17, visando diminuir o risco de proliferação do mosquito durante o verão, quando deve voltar a chover na cidade.
“Retomaremos as visitas domiciliares para identificação e destruição de possíveis focos do mosquito e também as ações educativas, para reforçar o compromisso da sociedade em prevenir a dengue no município. O nosso objetivo é sair da situação de alerta para a satisfatória, com menos de 1% de infestação pelo Aedes, por isso, não podemos descansar. Temos que reforçar todas as ações, que ganharão um reforço importante em janeiro próximo, quando dobraremos o número de agentes na cidade, diminuindo o tempo de visitas para dois meses”, explicou.
Ele disse que as ações serão concentradas também em áreas com alto risco de se tornarem criadouros do Aedes aegypti, como borracharias, oficinas mecânicas e terrenos baldios, por conterem recipientes e materiais que possam acumular água parada, em especial nas zonas Norte e Oeste de Natal. Ambos possuem histórico de maior incidência da doença, em especial os bairros de Nossa Senhora da Apresentação e Felipe Camarão.
“Nós conseguimos sair de um índice de 4,1 para 1,6 de agosto para cá, o que nos tirou da situação de risco, mas ainda assim, precisamos do apoio e compromisso da sociedade para que ela continue fazendo a sua parte, que é não criar condições para a proliferação do mosquito, principalmente agora, que estamos com pouquíssimas chuvas em Natal. Estamos criando novas estratégias de prevenção e combate para serem efetivadas em 2015, o que nos dá uma boa perspectiva para o próximo ano”, explicou Alessandre.
Santa Cruz e João Câmara possuem maior índice
Além de Natal, os municípios de Parnamirim e Currais Novos também estão em situação de alerta, com índice de 1,5% e 2,7%, respectivamente. Já as cidades em situação de risco, que apresentam larvas do Aedes em mais de 3,9% de imóveis pesquisados são: Campo Redondo (4%), Parelhas (4,1%), Florânia (4,2%), São Paulo do Potengi (4,3%), Mossoró (5%), Jaçanã (5,4%), Carnaúba dos Dantas (5,8%), Brejinho (6%), São Miguel (6,4%), Caicó (6,6%), Jardim do Seridó (6,9%), João Câmara (10,4) e Santa Cruz (10,4%).
Conforme o último boletim divulgado pelo Programa Estadual de Controle da Dengue da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), entre o período de janeiro a outubro deste ano, já são 50 municípios com incidência alta da doença e 11.910 casos notificados, sendo 3.783 confirmados e 17 óbitos. Os números do ano passado revelaram a notificação de 23.052 casos, com 10.195 confirmações e 26 óbitos, o que revela uma redução de 53% no total de mortes por dengue no Rio Grande do Norte.
Fonte: Portal JH
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