Indústria paulista demite 51 mil em 2014, pior resultado desde 2006

De janeiro a outubro deste ano, a indústria de São Paulo demitiu 51 mil funcionários, o pior resultado desde 2006, quando foi iniciada a série histórica da Federação e o

Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp).

Em outubro, o setor manufatureiro fechou 12,5 mil vagas, o equivalente a uma queda de 0,37% do quadro de funcionários em comparação com setembro, com ajuste sazonal. A pesquisa havia registrado demissão tão expressiva em 2009, auge da crise internacional, quando a indústria demitiu ao menos 26 mil funcionários.

Para o Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Fiesp e do Ciesp, o emprego na indústria de São Paulo deve encerrar 2014 com um saldo negativo de mais de 100 mil vagas.

Indústria sucroalcooleira

As demissões no setor de açúcar e álcool também influenciaram a queda do índice para o mês. Em outubro, o segmento foi responsável por 4.054 de vagas fechadas, enquanto o restante da indústria demitiu 8.446.

De janeiro a outubro, a indústria sucroalcooleira criou 8.407 vagas, com uma participação de 7,7% no total de empregos. Essa fatia foi de 14% durante o mesmo período em 2013, de 26,2% em 2012 e chegou a 40,3% em 2009, ano da crise.

14 setores demitiram

Dos 22 setores avaliados pela pesquisa, 14 demitiram, seis contrataram e dois mantiveram o quadro de funcionários. A quantidade de setores negativos também é a mais expressiva da série histórica do levantamento.

A indústria de produtos alimentícios fechou 5.205 postos de, enquanto o setor de máquinas e equipamentos demitiu 1.680 funcionários. No campo das contratações, o segmento de confecção de artigos de vestuário e acessórios criou 414 vagas.

A pesquisa apura o emprego industrial em 36 regiões de São Paulo. Destas, 29 computaram baixa no mercado de trabalho, cinco informaram contratações e duas ficaram estáveis.

Entre os resultados positivos, destaque para São Carlos, cujo mercado trabalho cresceu 1,67%, impulsionado pelas indústrias de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (9,38%) e de produtos de borracha e plástico (16,39%). 

Fonte: G1