Por volta das 19h (23h no horário de Brasília) ainda havia cerca de 90 pessoas em frente à emissora Televisa, na Cidade do México. A movimentação acontece por conta do velório do ator e diretor Roberto Goméz Bolaños, criador dos personagens Chaves e Chapolin, que morreu nesta sexta-feira (28), aos 85 anos.
No entanto, a maior parte da agitação era formada por jornalistas, que abordavam quase todos os carros que embicavam na entrada lateral da rede de TV, mesmo sem saber quem estava
dentro dos veículos.
O corpo de Bolaños chegou ao local por volta das 16h, recebido por diversos fãs vestidos com as roupas de seus célebres personagens. Poucas horas depois, o que se via era uma mistura de aficionados fieis a Bolaños e curiosos com a movimentação de artistas que chegavam para prestar as últimas homenagens ao ator em uma cerimônia reservada a amigos e parentes.
Luis Gerardo, 20, diz ter chegado às 9h ao local com o filho de dois anos. Ele não era o único a levar pequeninos para a portaria da emissora. Além do mexicano, outras três famílias estavam com crianças de colo.
Para Carmen Botesuma, 55, que já estava há quatro horas de pé e apoiada em uma bengala, estar ali era "a única homenagem possível para quem cresceu assistindo aos personagens de Bolaños". Ela estava acompanhada de Guadalupe Valencia, 45, que tinha seis anos de idade quando se tornou fã do Chespirito, como Chaves é chamado no México.
Todos eles prometeram comparecer ao estádio Azteca neste domingo (30), onde ocorrerá uma missa de corpo presente aberta ao público.
Palco das Copas de 1970 e 1986, a arena com capacidade para cem mil pessoas abrirá partir das 14h (horário de Brasília). A homenagem está sendo organizada pela emissora Televisa, onde Bolaños trabalhava. No Brasil, O SBT transmitirá a cerimônia ao vivo.
O criador e intérprete dos protagonistas das séries humorísticas "Chaves" e "Chapolin", fenômeno televisivo na América Latina, em especial no Brasil –o programa é exibido há 30 anos no SBT–, passava por problemas respiratórios havia muitos anos. Em 2012, ele foi internado em um hospital da Cidade do México devido a uma insuficiência respiratória. Segundo a Televisa, Bolaños morreu de causas naturais.
Fonte: Folha de São Paulo
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