Na primeira entrevista como técnico da seleção, depois da Copa de 2014, Dunga deu alfinetadas no antecessor, seu conterrâneo
Scolari.
E mais de uma vez afirmou que imagem e marquetagem não devem ser prioridades dos jogadores, cuja preocupação essencial _de acordo_ tem de ser com o desempenho futebolístico.
O que mais chama a atenção no momento da equipe, com Thiago Silva frustrado com o banco e a perda da braçadeira de capitão, não é a queixa do zagueiro, compreensível, bem como é legítima a escolha de Neymar para assumir o posto.
O incrível é que à contusão e ao molho de Thiago, ocorridos na retomada das atividades pós-Mundial, seguiram-se um gelo do treinador nacional contra o grande zagueiro.
Titular é David Luiz, que teria sido, conforme comentaristas, o alvo principal do alerta de Dunga para o excesso de publicidade e exibicionismo.
Que Miranda merece estar na seleção, não há dúvida, e aqui mesmo no blog eu considerei um erro sua ausência da Copa _escrevi isso antes da competição.
Nosso maior fiasco em todos os Mundiais ocorreu nos 7 a 1, quando Thiago não jogou (Dante o substituiu) e David Luiz foi muito mal, a começar do seu vacilo no primeiro gol alemão _ele era o marcador de Müller, que se desvencilhou facilmente.
O cartão que tirou Thiago da partida era evitável, bem como sua tremedeira na decisão por pênaltis nas oitavas deu a entender que fraquejava como capitão.
Mas ele não estava nos 7 a 1.
Agora, Dunga mantém como titular um dos protagonistas do tropeço supremo, que também se mostrou péssimo nos 0 a 3 da disputa do terceiro lugar.
Uma das lições da Copa é que a condição do simpático David Luiz como grande zagueiro é miragem, como já desconfiava José Mourinho (o zagueiro pode vir a evoluir, claro).
Não se trata de justiça ou injustiça, mas de escalar o melhor: Thiago Silva é mais jogador que David Luiz. E pode jogar com Miranda.
Manter David na equipe significa relativizar os 7 a 1 e reeditar um equívoco de Felipão.
O Brasil de Dunga está dando show, alguém haverá de dizer.
Melhor que vença, respondo, mas esses jogos valem muito pouco e acabam nos iludindo, como nos enganamos com o título da Copa das Confederações de 2013.
Fonte: Uol
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