O terreno estava sendo preparado aos poucos quase que sem alarde. Toda vez que perguntado, Emerson Fittipaldi desconversava, mas os atos não apontavam para a mesma
direção. Primeiro, seu nome apareceu na lista de pilotos com graduação bronze — a mínima para disputar uma corrida; na segunda, treinou com uma Porsche no autódromo Velo Città, em Mogi Guaçu. E enquanto se preocupava com a organização das 6 Horas de São Paulo, o bicampeão da F1 e campeão da Indy tirava a ferrugem de anos sem prática.
Pois Emerson vai mesmo voltar a correr. O veterano Fittipaldi, 67, vai vestir um macacão vermelho e representar as cores da AF Corse com uma Ferrari 458 Italia da categoria GTE-AM, apurou o GRANDE PRÊMIO nesta terça-feira (18). Os companheiros de Emerson ainda não foram definidos.
A ligação com a Ferrari tem sido evidenciada na F1. Figura recorrente no motorhome e nos pits, o avô Emerson vai dando rumos à carreira do neto Pietro, que agora pertence à Academia de Pilotos da Scuderia.
O acidente durante as 500 Milhas de Michigan em 1996 parecia ter colocado um ponto final na carreira gloriosa de Emerson no automobilismo. Aqui e ali, sempre houve um comichão para guiar novamente. Em 2005, a GP Masters nascia e reuniu pilotos antigos para uma categoria de notáveis. Ainda que tenha existido por pouco tempo, serviu para ver Fittipaldi novamente em ação — três provas.
O mundo fora dos monopostos atraiu Emerson em 2008. Às vezes ao lado do irmão Wilson, em outras com Valdeno Brito, Fittipaldi disputou parte da temporada do finado GT Brasil guiando um Porsche 997 em Interlagos, palco das 6 Horas de São Paulo da semana que vem.
O anúncio oficial da volta de Emerson acontece nesta quarta-feira. Além de Fittipaldi, Lucas Di Grassi (Audi, categoria P1), e Fernando Rees (Aston Martin, GT-Pro), são os outros brasileiros na prova de encerramento da temporada do WEC.
O GRANDE PRÊMIO cobre in loco às 6 Horas de São Paulo.
Fonte: Uol
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