Zagueiro santista provoca Valdivia e diz que juiz quis ajudar Palmeiras: 'Ficou com dó'

O Santos bateu o Palmeiras sem sustos no clássico deste domingo, no Pacaembu, por 3 a 1, abrindo 3 a 0 logo no início do segundo tempo,

mas o zagueiro santista David Braz deixou o gramado reclamando da arbitragem.

"A 'juizada' começou a querer ajudar o Palmeiras no final, foram várias faltas que só davam pra eles. Percebi que eles ficaram com dó", disse o defensor, que foi revelado pelo Palmeiras, sobre o trio do juiz Flávio Rodrigues de Souza e dos assistentes Vicente Romano Neto e Rogério Pablos Zanardo.

Enquanto David Braz reclamava na saída do gramado do Pacaembu, Valdivia protagonizava confusão com membros da comissão técnica santista.

Ao perceber a irritação do camisa 10 palmeirense, David Braz provocou o adversário fazendo o sinal de choro, gesto que tradicionalmente ficou conhecido com o próprio Valdivia. A resposta foi imediata, e os jogadores dos dois times tiveram que intervir para evitar problemas maiores entre os atletas.

Ao deixar o Pacaembu, com a cabeça mais fria, David Braz admitiu a provocação, e aproveitou para pedir desculpas pelo gesto. "Assumo que fiz, foi um erro meu. Peço desculpas aos jogadores do Palmeiras agora de cabeça fria, porque isso pode gerar confusão, como gerou, fiz uma brincadeira que não poderia fazer. Foi um erro que cometi", disse o zagueiro.

O santista também falou sobre Valdivia, alegando que também se desculpou com o chileno. "Pedi desculpa para ele, é do calor do jogo, ele é meu amigo. Ele é irritante, trabalhei com ele, e sabia que ele faria de tudo para atrapalhar, tanto pela qualidade técnica, tanto por provocação. Mas conseguimos neutralizar suas jogadas e saímos com a vitória."

Aplaudido, mas triste

Valdivia foi um dos poucos jogadores que tiveram o reconhecimento da torcida palmeirense pela dedicação em campo. Porém, mesmo tendo o nome gritado no final do segundo tempo, o chileno saiu nervoso no caminho ao vestiário do Pacaembu.

"Posso passar?", perguntou aos jornalistas, na escadaria do Pacaembu, pouco depois da confusão com os jogadores adversários. Ele saiu em defesa de Mouche quando o colega argentino, já após o apito final, foi repreendido pelo técnico santista Enderson Moreira por uma falta.

Mais tarde, ao deixar o estádio, Valdivia aceitou conceder entrevista e minimizou a confusão. "Não sei o que ele falou. Só vi o Mouche falando mais alto com o treinador deles. Mas, afora isso, nada demais", disse.

O Peixe venceu seis das últimas sete partidas que disputou entre Copa do Brasil - aonde está nas semifinais - e Brasileirão, é o sétimo colocado da disputa de pontos corridos, com 45 pontos, cinco a menos que o Atlético-MG, primeira equipe no grupo dos quatro primeiros que se classificam à Copa Libertadores.

O Alviverde segue afastado da zona do rebaixamento, em 14° lugar, com 34 pontos. O Bahia, primeiro time no grupo dos quatro piores que caem para a Série B, tem 30 pontos.

Sem azar

Até o primeiro gol santista, aos 38 minutos da etapa inicial, o jogo era equilibrado, e o Palmeiras teve chances de abrir o marcador, mas o goleiro alviverde Fernando Prass é realista.

"Azar é uma visão muito simpista, respeito, mas não concordo. Não dá pra errar, estamos errando muito, e os outros times estão aproveitando. Quando eles erram, a gente não aproveita. Voltamos a errar em coisas que não estávamos errando."

"O Palmeiras teve mais volume no comecinho, e quando a gente teve oportunidade, fez", analisou o santista Robinho.

Fonte: ESPN