Uma escola primária em Stockport, Inglaterra, proibiu a matrícula de um menino de nove anos vindo de Serra Leoa, devido ao medo da propagação do vírus ebola, que já matou 3,4 mil pessoas, entre mais
de 7,4 mil infectados.
Miriam Mason-Sesay, mãe da criança, afirma que a família foi tratada como "leprosa" pelos pais dos alunos da instituição de ensino. "O reitor e conselho diretivo são fantásticos, mas eles têm sido intimidados por uma minoria [de pais] que realizaram campanhas no Facebook e colocam pressão sobre isso", disse Miriam. "É apenas um pequeno grupo, mas, infelizmente, a escola teve que cumprir seus desejos. Eu conheci muitos desses pais em ocasiões anteriores, mas não tivemos problemas antes", acrescenta.
Kofi Mason-Sesay nasceu em Londres em 2005, mas mudou com seus pais para o país africano quatro semanas depois. A família vive na África e retornou ao Reino Unido para a captação de recursos para um projeto social desenvolvido e liderado por Miriam, em Serra Leoa, a Educaid.
Como a família faz esta viagem duas vezes por ano, a criança acabava frequentando a escola em Stockport por curtos períodos para não perder sua formação. "É de partir o coração e muito decepcionante. Kofi está nesta escola desde que ele tinha três anos e ele tem amigos lá", informou.
Ao chegarem ao Reino Unido, mãe e filho foram avaliados pelo órgão de saúde pública da Inglaterra e este classificou a família como "categoria 1", quando não há risco. "Se eu fosse uma profissional de saúde com este nível de risco eu poderia continuar praticando [exercendo a profissão]", afirmou a mãe de Kofi.
Fonte: Uol
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