Seis novas fossas clandestinas foram encontradas na cidade de mexicana de Iguala, enquanto movimentos sociais e manifestantes ameaçam "paralisar
o país" para pressionar as autoridades a tomar mais ações para localizar 43 alunos desaparecidos em 26 de setembro.
Líderes estudantis da Escola de Ayotzinapa, onde estudavam os desaparecidos e os três jovens assassinados pela polícia municipal de Iguala, apoiados por ativistas de várias organizações sociais anunciaram que tentarão ocupar as 81 prefeituras do estado mexicano de Guerrero.
Professores do estado ocuparam de forma pacifica as prefeituras de Atenango, Copalillo, Huamuxtitlán, Iguala e Tlapa. A sede administrativa de Chilpancingo está sendo ocupada desde a última terça-feira. Além disso, estão planejadas ações como o bloqueio de rotas, ocupação de refinarias e aeroportos em diferentes partes do país, marchas nas principais cidades mexicanas e greves, entre outras coisas.
O oposicionista Partido de Ação Nacional (PAN, de direita) apresentou uma proposta de "impeachment" no Congresso contra o governador de Guerrero, Angel Aguirre, do progressista Partido da Revolução Democrática (PRD), que é acusado de ter criado o ambiente propício para o desaparecimento dos estudantes.
Enquanto isso, cada vez mais grupos, escolas e organizações se juntam aos protestos pedindo a renúncia de Aguirre, acusado de "cumplicidade com o crime organizado, que opera com impunidade em Guerrero".
Até o momento ainda não há notícias sobre os alunos desaparecidos em 26 de setembro após enfrentamento com a polícia municipal em Iguala quando participavam de uma manifestação, em um episódio que deixou seis mortos, três deles estudantes. Especialistas analisam corpos encontrados em fossas clandestinas na região, apesar de autoridades locais terem negado que corpos achados pertençam a estudantes. Desde que o ex-presidente Felipe Calderón assumiu o poder, em 1º de dezembro de 2006, foi dado início a uma ofensiva contra o crime organizado no país, convocando o Exército mesmo sob críticas da oposição e de organizações não-governamentais. A iniciativa causou uma onda de violência que, calcula-se, já deixou mais de 150 mil mortos. (ANSA)
Fonte: Uol
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