O Ministério de Juventude e Esportes do Marrocos desmentiu formalmente nesta sexta-feira ter renunciado à organização da Copa
Africana de Nações do ano que vem, prevista para acontecer em janeiro em Rabat e Marrakech, mas admitiu que pediu o adiamento da competição.
O Ministério divulgou um comunicado no qual destacou a "firme vontade de receber a próxima edição da Copa Africana de Nações", mas acrescentou que há "propostas alternativas à Confederação Africana de Futebol (CAF)", cuja resposta deverá ser dada nos próximos dias.
"O governo pediu o adiamento da competição, prevista para janeiro de 2015, por uma razão clara e precisa: a rápida e inquietante evolução do vírus ebola", afirmou o Ministério de Juventude e Esportes, citando os relatórios da Organização Mundial da Saúde (OMS) e as recomendações do Ministério da Saúde do Marrocos.
O ministro de Saúde marroquino, Hussein El Uardi, lembrou na última quarta-feira que a OMS pediu para serem evitadas concentrações de pessoas em espaços restritos onde possa haver pessoas dos países afetados pelo vírus. "Ainda não há nenhum caso de ebola no país, mas o risco zero não existe", salientou.
Entre as alternativas propostas por Marrocos à CAF está o adiamento da competição para junho de 2015 ou junho de 2016 ou sediar a edição de 2017.
O Ministério de Juventude e Esportes garantiu ainda que o país está se preparando ativamente para a reunião prevista para o dia 2 de novembro com as instâncias responsáveis da confederação continental em Argel para a definição do futuro da CAN.
Até o momento, a CAF não se pronunciou oficialmente sobre o assunto, mas fontes não oficiais deram a entender que a entidade está sondando outros países como alternativa, como a África do Sul e o Egito, mas estes últimos não se manifestaram publicamente a respeito.
Fonte: Uol
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