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segunda-feira, outubro 27, 2014

II Halloween no Sítio Jerusalém foi um sucesso

O II Halloween do sítio Jerusalém no município de Itaú foi considerado um sucesso, que de acordo com os participantes superou as expectativas do
primeiro.

Iniciado como forma de brincadeira o Halloween ganhou ares de tradicional, ao acontecer a primeira  festa em 26 de outubro de 2013. A partir daí os convidados deram a sugestão para a realização do evento se tornar tradicional.

A ideia não é celebrar o dia das Bruxas como nos Estados Unidos, o Tema principal Halloween, foi o nome escolhido pelo mesmo ser celebrado no último sábado de outubro, próximo a festa das bruxas, intitutilada de Halloween.

Essa ano (2014) o sub-tema foi: “A lenda da Botija” uma estória criada pelo autor Arlindo Maia, que surgiu com “A lenda da noiva da barriguda”(em 2013) dando continuidade a essa estória.



O que complementou “A lenda da botija” foi a caça ao tesouro, um momento em que os participantes esperavam com muita expectativa para desenterrar a botija.


O novo milionário do Halloween que ultrapassou todos os obstáculos com mas rapidez foi Mateus Oliveira, fantasiado de Principe William.


Após a caça ao tesouro, os caçadores foram convidados a trazer para o palco da festa o monstro que os aterrorizam nessa caçada.

Para o Halloween de 2015, o autor garante que a lenda já está em mente, onde a pista para o próximo sub-tema, já pode ser notado na "Lenda da Botija". 

Agora disponibilizamos para vocês “A lenda da Botija”

Essa lenda foi criada por Arlindo Maia, baseada em fatos reais com um pouco de imaginação das estórias contadas pro nossos antepassados:

A LENDA DA BOTIJA

O Sertão Nordestino contém inúmeros relatos sobre as Botijas, tesouros enterrados em oitões de fazendas, nos batentes dos casebres, velhas árvores centenárias, entre pedras e lajedos.
Verdadeiros tesouros do passado, quando os sertanejos escondiam suas finanças e seus ouros em cabaças, potes de barro ou caixotes de madeiras e depois os enterravam em pontos estratégicos, tendo um algo de referência de fácil acesso para o proprietário.

Em uma década bem distante o sonho de se tornar rico, sempre passava pela cabeça dos moradores do Sítio Jerusalém e assim de todo ser humano que pensa em despojar de uma vida melhor, mas para isso, seria necessário trabalhar muito, possuir muitos bens, ganhar na loteria, acertar na mega sena ou ganhar uma botija para desenterrar.

 Não é de hoje que ouvimos dos nossos ancestrais histórias bem sucedidas de pessoas que se deram bem na vida após desenterrar um tesouro (botija) que é revelado após um sonho com gente de outro mundo, fantasmas, ou até mesmo almas de parentes, que apesar de aparentar ser algo fácil, o caboclo precisa ter coragem e sangue na veia, para enfrentar os desafios ao longo dessa procura, pois para se desenterrar uma botija, ouve-se assobios, gemidos e outros mistérios.

As revelações, na maioria das vezes, sempre são destinadas a duas pessoas, porque segundo a lenda, é um segredo que não poderá ser revelado a ninguém, a não ser ao seu parceiro, que tem a obrigação de encontrar o tesouro e quando aceitam escavar o local, começam a perceber sombras que se movimentam nas moitas próximas e ouvir gritos e gemidos, embora o medo lhes percorram pela espinha; a ganância é maior e já vão advertidos que "coisas estranhas" tentariam impedi-los de seu intento... De repente sente-se algo ou "alguém" os empurrando, ora um caí, ora o outro, quando um fraqueja o outro lembra as riquezas que estão ali enterradas então o jeito é continuar... Começam a ver bodes negros com os olhos em brasa, morcegos zunindo em seus ouvidos, uivos aterrorizantes e de repente cobras de tudo quanto é tamanho... e quando o instinto de sobrevivência fala mais alto... Largam as ferramentas e correm para suas casas rezando como beatas para não serem perseguidos por aquelas aparições macabras... para que nem durante o dia ousarem voltar ao local para ao menos recuperar as ferramentas...
Os caboclos corajosos que seguem a missão encontrará dois punhais, onde a dupla se enfrentará até que um consiga acabar com a vida do outro, só assim, o tesouro terá valor, pois caso o escolhido uso de esperteza e decida procurar sozinho, o tesouro se transforma em pó ou carvão, sem falar em uma maldição que perdurará até o último dia de vida do ganancioso.

Mas o que aconteceu no sítio Jerusalém, município de Itaú, interior do Rio Grande do Norte, foi algo assustador. Após os itauenses ficarem conhecendo a estória da noiva da barriguda, novos fatos surgiram ao que para muitos era um mistério.

A noiva que sumiu nas proximidades da barriguda foi movida pela ganância de ficar rica, após a festa de casamento.

De acordo com informações a noiva que era da cidade de Itaú-RN, teve um sonho com um dos moradores da casa grande, deixando para a mesma uma botija, mas que para isso precisava casar-se e dar um festa na casa grande e a partir da meia noite deveria arrancar a botija. Porém a noiva precisava levar o seu esposo sem o conhecimento do mesmo até a árvore e escavar até encontrar as moedas de ouro que lá estavam, no entanto, a mesma teria que dar fim ao seu marido com um dos punhais que ali estava.
Vindo de uma família corajosa, apaixonada, a noiva da barriguda resolveu mudar as regras do jogo, para isso deu bastante bebida ao seu recém marido e quando se aproximava da meia noite chamou para ir embora da festa se despedindo em seguida dos convidados.

Como revelado em sonho, a noiva não contou nada ao seu esposo, entretanto, decidiu agir sozinha, saltou da moto, sem que o marido percebesse por estar embriagado, e foi onde supostamente estaria a botija indicada pelo defunto. A jovem bastante corajosa começou a escavar bem no tronco da árvore, De repente, começou a ter uma terrível visão. Um bode com olhos de fogo começou a pular de um lado para o outro no buraco que a noiva cavava. Ela continuou cavando aterrorizada e alguns minutos depois, a moça conseguiu visualizar um forte brilho no buraco e ao tocar a substância luminosa foi consumida misteriosamente sem deixar pistas, como se nada tivesse acontecido por ali. O buraco fechou-se misteriosamente e as ferramentas usadas pela noiva sumiram sem mais nem menos, ficando no local apenas o vestido de noivas.

Um grupo de jovens organizavam o I Halloween no Sitio Jerusalém, quando um novo ministério começava a ser desvendado. Assim surgiu o II Halloween em “A lenda da botija”.

Naquele 26 de outubro de 2013, mais uma vez a lenda da botija veio a tona.

O Sr. Aristeu, filho de Joaquim de Santa, criado por Dona Edwiges antigos moradores do município de Itaú-RN. O mesmo havia relato que sonhou com Dona Edwiges informando que no Sítio Jerusalém havia uma botija, mas que para ele arrancar a botija, teria que comprar um medalhão de Nossa Senhora de Fátima e presentear o Sr. José Antonio Neto, conhecido por Zé do Bar.

O Sr. Aristeu hoje residente em Natal, partiu com destino a cidade de Itaú-RN, em busca da botija dada por Dona Edwiges. Aproveitando a era tecnológica, o mesmo trouxe consigo um detector de metal. Ao chegar na cidade, o Sr. Aristeu foi logo ao Sítio Jerusalém e entregou a medalha a “Zé do Bar” e convidou o Sr. João Maria, genro de Zé do Bar para ir arrancar a botija junto com ele.

João Maria aceitou, e os dois partiram para o local, que de acordo com Aristeu, ficava próximo a antiga casa de farinha em uma pedra que fica embaixo de um pé de juazeiro. Com a ajuda do detector de metal, os dois encontram a tal botija, entretanto, de acordo com informações da testemunha, João Maria, tudo não passou de uma astúcia do Sr. Aristeu, fazendo uso de seu detector de metal, que ao contar a história a João Maria, topou fazer parte da façanha, e quando o detector localizou algo, ao cavar, encontraram um pedaço de ferro. No entanto, o que sabemos ao certo, é que logo em seguida o Sr. Aristeu voltou para Natal dizendo ter arrancado a referida botija, deixando para trás apenas o buraco próximo à pedra embaixo da árvore e a notícia que a cada dia se espalha de que o mesmo levou o tesou encontrado.

Um ano depois, estamos nós aqui de novo, em busca desse tesouro, e para isso precisamos estar preparados. Os cabras machos da casa grande e as mulheres valentes, agarrem suas ferramentas em busca desse tesouro deixado pelo Sr. Gregório, que em sonho revelou a Arlindo Maia de um tesouro valioso. E para não virar estória de carochinha, convidamos todos vocês para fazerem parte desta busca, que em meios aos obstáculos vencerá os corajosos e de inteligência aguçada. Boa Caçada.





Autor: Arlindo Maia

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