A disputa na Justiça de Los Angeles pela posse de uma esmeralda gigante descoberta na Bahia pode estar mais próxima de uma solução. A pedra de 360 kg, um dos
maiores minérios preciosos já escavados do mundo, é avaliada em US$ 372 milhões. pelo menos cinco partes reclamam a sua propriedade.
Nesta terça-feira (14), um juiz eliminou do processo o comerciante de gemas Mark Downie, um dos homens que reivindicam a propriedade da esmeralda. Downie foi o segundo requerente a ser eliminado pela corte superior de Los Angeles. O juiz considerou a alegação de Downie não era crível.
Uma das partes do processo, Anthony Thomas, diz que comprou-a por US$ 60 mil de um negociante de pedras preciosas na Bahia pouco após ela ser descoberta, em 2001.
Thomas alega que, após fazer os devidos acertos para despachá-la para os Estados Unidos, foi enganado e levado a crer que a esmeralda fora roubada.
Segundo o site Courthouse News Service, há pelo menos duas outras versões para o que ocorreu com a peça.
Uma delas é mantida pelo negociante de jóias Ken Conetto, de San José, na Califórnia, que alega ter acertado com os proprietários originais da esmeralda, Élson Alves Ribeiro e seu sócio Ruy Saraiva, a responsabilidade por vender a pedra nos EUA. O lucro seria dividido entre os envolvidos no negócio.
Segundo o "Wall Street Journal", em reportagem de 2010, a peça foi enviada em 2005 para Conetto em San José. De lá, ele enviou a gema para Nova Orleans, onde julgava ter encontrado um comprador.
No entanto, o furacão Katrina inundou o galpão onde a gema estava guardada e a venda nunca foi concluída.
Outra parte no processo alega ter recebido a gema de um negociante como garantia para uma operação de venda de diamantes pagos e nunca recebidos. Para saldar o negócio, ele teria retirado a pedra do depósito em que ela estava guardada e tentava vendê-la quando a polícia entrou no caso.
Uma foto divulgada em 2008 pelo xerife de Los Angeles mostra a pedra bruta, negra, da qual saem grossos cilindros verdes. Especialistas dizem que minerais como esse, em estado bruto, são extremamente raros.
O juiz do Superior Tribunal de Justiça de Los Angeles, John A. Kronstadt, disse, em 2010, que tomaria a decisão sobre a propriedade da pedra apenas depois de avaliar uma a uma as alegações de propriedade da esmeralda baiana.
Fonte: G1
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