A baixa adesão do público prioritário, residente no município do Natal, à campanha contra a influenza, fez com que o Rio Grande do Norte terminasse, pela primeira
vez, abaixo de atingir a meta de 80% estabelecida pelo Ministério da Saúde.
Dos 166.646 mil do público esperado, o município do Natal só conseguiu vacinar 58,36%, ou seja, pouco mais de 97 mil pessoas tomaram a vacina. No total, o Estado vacinou 503.450 mil pessoas, ficando em penúltimo lugar no ranking nacional do Programa Nacional de Imunizações, com 75,83% de pessoas vacinadas, à frente apenas do Acre, que atingiu 75,23% da sua cobertura.
A coordenadora de Imunizações da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), Francisca Santos, lamenta que a ação não tenha alcançado êxito no RN e esclarece que o Ministério da Saúde deu um prazo final para todos os estados fecharem os dados da campanha, até a próxima segunda-feira (13).
"Pela primeira vez não conseguimos atingir a meta com nossos idosos (72,46%) e crianças (76,50%). Lamentamos o fato de a população não ter aderido totalmente a campanha que teve início no RN no dia 22 de abril. Passados seis meses, só conseguimos obter êxito entre os públicos de trabalhadores de saúde (88,80%), gestantes (80,65%) e puérperas (89,02%). Com o maior engajamento da população podemos mudar essa realidade", destaca Francisca Santos.
De acordo com os dados do PNI, até essa sexta-feira (10) mais de 35 milhões de pessoas no Brasil já tinham se vacinado contra a influenza, o que representa uma cobertura de 86,64% do esperado. No Rio Grande do Norte, o destaque para as Unidades Regionais de Saúde: I Ursap (86,84%), II Ursap (80,49%), III Ursap (85,13%) e V Ursap (81,12%), que atingiram a meta nacional, no entanto, a IV Ursap (77,64%), a VI Ursap (75,87%) e a Grande Natal (66,93%) não tiveram o mesmo êxito.
Vacina contra influenza será disponibilizada ao público em geral
As Unidades Básicas de Saúde dos municípios estão abastecidas para atender a partir da próxima segunda-feira (13) tanto o público-alvo, que é mais vulnerável a desenvolver a forma grave da doença, como também a população em geral na faixa etária de 5 a 59 anos.
A população prioritária da vacina é formada por crianças de seis meses a menores de cinco anos, pessoas com 60 anos ou mais, trabalhadores de saúde, povos indígenas, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), população privada de liberdade, funcionários do sistema prisional e pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis.
Segundo o Ministério da Saúde, a vacinação contra a gripe é uma importante ação de prevenção da gripe, mas não dispensa medidas básicas de proteção. São cuidados simples, como lavar as mãos várias vezes ao dia, cobrir o nariz e a boca ao tossir e espirrar, evitar tocar o rosto e não compartilhar objetos de uso pessoal.
A influenza é uma doença muito comum, acometendo milhões de pessoas em todo o mundo, todos os anos, com maior transmissão durante o período do inverno. A transmissão da gripe acontece por meio do contato com secreções das vias respiratórias, eliminadas pela pessoa contaminada ao falar, tossir ou espirrar.
Também ocorre por meio das mãos e objetos contaminados, quando entram em contato com mucosas (boca, olhos, nariz). Em pessoas dos grupos prioritários, a gripe pode apresentar complicações que levam a quadros graves, com necessidade de hospitalização.
A vacina é segura, sendo contraindicada para pessoas que têm alergia a ovo. Estudos demonstram que a imunização pode reduzir entre 32% e 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade por complicações da influenza.
Fonte: O Mossoroense
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