O suspeito que foi morto nesta quarta-feira (22) após trocar tiros com a polícia no Parlamento do Canadá, em Ottawa, é Michael
Zehaf-Bibeau, nascido em 1982, segundo divulgaram as redes CBS News, dos Estados Unidos, e CBC, do Canadá. Acredita-se que ele seja canadense. A agência Reuters afirma que a polícia do Canadá investiga Zehaf-Bibeau como possível suspeito, e que ele teria se convertido ao Islã, de acordo com autoridades norte-americanas. No entanto, a identidade do atirador não foi divulgada oficialmente.
Ele foi morto depois que múltiplos disparos ocorreram no bloco central do Parlamento. Um pouco antes, um soldado, identificado como Nathan Cirillo, foi baleado quando fazia guarda de um monumento próximo. Ele foi socorrido, mas morreu. Não está claro se Bibeau é o autor do ataque a Cirillo.
A polícia disse que não pode confirmar se a mesma pessoa esteve envolvida na morte de Cirillo e na troca de tiros no Parlamento ou se houve mais de um atirador. Marc Soucy, da polícia de Ottawa, disse que as autoridades tentavam determinar se dois ou três suspeitos estão envolvidos no ocorrido.
De acordo com a CBC, Michael Zehaf-Bibeau tem registros criminais nas províncias de Quebec e British Columbia. Em 2004 ele teria sido condenado por posse de drogas a 60 dias de prisão. Em 2011, foi condenado por roubo e por proferir ameaças, de acordo com documentos obtidos pela emissora.
O edifício do Parlamento foi fechado após os tiros, e policiais e equipes táticas cercaram o local. Pessoas que estavam dentro dos prédios foram retiradas após uma triagem.
Alguns deputados dentro do Parlamento montaram uma barricada com cadeiras quando ouviram os tiros, para evitar que o atirador entrasse na sala em que estavam.
O primeiro-ministro Stephen Harper, que estava reunido com legisladores, deixou o local em segurança. "Embora tenha afirmado que os fatos ainda estavam sendo averiguados, o primeiro-ministro condenou este ataque desprezível", diz o comunicado divulgado por seu gabinete.
Um terceiro lugar registrou disparos, o Centro Rideau, shopping que fica nas proximidades do memorial de guerra e do Parlamento. Os três casos aconteceram em um curto intervalo de tempo.
O Hospital de Ottawa divulgou que recebeu três pessoas, duas em condição estável, depois do incidente.
Segundo TV canadense, as bases das forças armadas ao redor do país começaram a ser fechadas para o público após o ocorrido em Ottawa.
Os prédios públicos do centro da cidade e a embaixada dos Estados Unidos também foram fechados.
O incidente acontece dois dias após um militante islâmico ter atropelado dois soldados canadenses, matando um, perto de Montreal.
A Casa Branca afirmou que o presidente Barack Obama conversou com o primeiro-ministro canadense, Stephen Harper, mas não divulgou o conteúdo da conversa. Josh Earnest, porta-voz da Casa Branca, disse que os Estados Unidos ofereceram ajuda às autoridades do Canadá.
A defesa aérea americana-canadense (Norad) foi colocada em estado de alerta para "ser capaz de responder rapidamente" a qualquer incidente aéreo que possa estar ligado ao tiroteio, informou à agência France Presse o porta-voz Jeff Davis.
Testemunha
Um operário de construção que estava no local afirmou à Reuters que ouviu um tiro e depois viu um homem, vestindo preto com um lenço cobrindo seu rosto, correndo em direção ao prédio principal do Parlamento com uma arma na mão.
O homem parou um carro preto e o sequestrou, disse o operário Scott Walsh à Reuters. O motorista que estava no carro saiu em segurança, e o homem seguiu dirigindo em direção ao Parlamento, onde há um prédio em obras.
O homem armado passou por uma mulher, com uma criança em um carrinho, que fugiu gritando. Ele não atacou a mulher nem a criança, disse Walsh.
Fonte: G1
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