Um jogo mudou tudo. Até sábado (11), a derrota por 7 a 1 para a Alemanha e o fracasso na Copa do Mundo de 2014 eram assuntos
recorrentes no cotidiano da seleção brasileira. Depois da vitória por 2 a 0 sobre a Argentina e do título do Superclássico das Américas, o astral está diferente na equipe comandada por Dunga. É esse novo clima que será colocado à prova às 7h45 (de Brasília) desta terça-feira (14), quando o time pentacampeão mundial enfrentará o Japão em partida amistosa no National Stadium, em Cingapura.
"Não dá para ficar pensando no que aconteceu na Copa. Temos de focar no que virá na frente. Fizemos um grande jogo contra a Argentina e poderíamos ter feito até mais gols. O caminho é esse, e esperamos seguir mostrando que estamos indo bem", resumiu o meia Willian.
A lista de motivos para o Brasil ser favorito na terça-feira (14) é extensa. A boa fase, a história do confronto, o atual momento do Japão e até o retrospecto de Neymar contra o time asiático estão nesse pacote.
Dunga assumiu o comando da seleção brasileira depois da Copa de 2014. A equipe nacional disputou três jogos desde então, todos contra rivais sul-americanos, e obteve três vitórias (além dos 2 a 0 sobre a Argentina, em Pequim, houve triunfos contra Colômbia e Equador, ambos por 1 a 0).
Nesta terça-feira (14), a seleção brasileira viverá um mundo diferente de tudo isso. Ao contrário da Argentina, que havia vencido os dois amistosos anteriores em que as seleções usaram força máxima e vinha de um vice-campeonato mundial, o Japão nunca venceu o Brasil. Em dez duelos, os asiáticos acumularam oito derrotas e dois empates.
Além disso, o Japão venceu apenas um jogo depois da Copa. A equipe comandada pelo mexicano Javier Aguirre acumulou desde o Mundial uma derrota para o Uruguai, um empate com a Venezuela e um triunfo sobre a Jamaica.
O histórico pessoal também pesa contra o Japão. Neymar entrou em campo no sábado (11) sem nunca ter anotado gols ou vencido em confrontos com Messi. Diante dos asiáticos, acumulou dois triunfos em duas partidas (4 a 0 em amistoso e 3 a 0 na Copa das Confederações) e balançou as redes três vezes.
No entanto, há três enormes percalços para o Brasil contra o Japão. O primeiro e mais evidente é a motivação: depois de um jogo contra a Argentina, valendo taça, como fazer a seleção render bem num amistoso diante de uma equipe menos tradicional?
"A motivação a gente vai sempre ter, independentemente do campo, de quem é o rival ou de quem apita. A gente está defendendo a seleção brasileira, e é o sonho de cada um estar aqui", prometeu o atacante Neymar.
Outro problema para o Brasil é a proposta de jogo. Contra a Argentina, o Brasil apostou nos contragolpes para vencer por 2 a 0. Também era essa a base da estratégia da seleção no ciclo anterior de Dunga como técnico, entre 2006 e 2010. Naquela época, o time nacional sofria mais com os rivais menos tradicionais.
Nesta terça-feira (14), o Brasil terá de encontrar motivação e controlar as ações do jogo. E tudo isso num estádio luxuoso, extremamente moderno, mas num gramado cheio de imperfeições e de areia.
"Pela qualidade do jogador brasileiro, sempre se espera um bom espetáculo. Mas para ter um bom espetáculo temos de ter um bom campo para jogadores fazerem jogadas com boa intensidade", reclamou o técnico Dunga.
FICHA TÉCNICA
JAPÃO X BRASIL
Local: National Stadium, em Cingapura
Data: 14 de outubro de 2014 (terça-feira)
Horário: 7h45 (de Brasília)
Árbitro: Ahmad A'Qashah (Cingapura)
Assistentes: Lim Kok Heng e Ong Chai Lee (ambos de Cingapura)
JAPÃO: Nishikawa; Sakai, Shiotani, Morishige e Nagatomo; Hosogai e Tanaka; Honda, Shibasaki e Muto; Okazaki
Técnico: Javier Aguirre
BRASIL: Jefferson; Danilo, Miranda, David Luiz e Filipe Luís; Luiz Gustavo e Elias; Willian, Oscar e Neymar; Diego Tardelli
Técnico: Dunga
Fonte: Uol
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