O senador Aécio Neves (PSDB) acenou aMarina Silva (PSB) horas depois de ter garantido um lugar no segundo turno da eleição presidencial deste ano contra a
presidente Dilma Rousseff (PT).
“Todos aqueles que tiverem contribuição a dar para esse projeto serão muito bem-vindos”, disse Aécio, em entrevista à TV Globo, sem citar diretamente a candidata do PSB. “Esse não é mais um projeto [apenas] de um partido político.”
Mais tarde, em entrevista coletiva, o tucano voltou ao tema.
“É hora de unirmos as forças. A minha candidatura não é mais a candidatura de um partido político e de um conjunto de alianças. É o sentimento mais puro de todos os brasileiros que ainda têm a capacidade de indignar, e principalmente a capacidade de sonhar.”
O tucano também citou o avô, Tancredo Neves eleito presidente da República, mas que morreu em 1985 antes de tomar posse.
“Não vamos nos dispersar. Nós estamos apenas no meio da caminhada e eu espero poder fazer essa caminhada até o final ao lado de cada brasileiro.”
Às 21h41, com 99% das seções eleitorais apuradas, Dilma tinha 41,5% dos votos ante 33,6% de Aécio e 21,3% de Marina Silva.
Plataformas e eleitores de Marina e Aécio se aproximam
Aécio é o herdeiro natural dos votos em Marina. Segundo a última pesquisa do Instituto Datafolha – descontada a boca de urna -, realizada em 3 e 4 de outubro, 59% dos eleitores que declararam voto na candidata do PSB no primeiro turno votariam no tucano no segundo turno contra Dilma. A petista ficaria com com 24%.
Esse cenário possivelmente é explicado, ao menos em parte, pela proximidade entre as plataformas de Marina e Aécio. Assim como o tucano, a candidatura do PSB faz uma defesa mais intransigente da política macroeconômica lastreada no tripé câmbio livre, controle de gastos e metas de inflação.
Além disso, a equipe de Marina é constituída de nomes próximos ao PSDB, como o economista André Lara Resende.
Fonte: IG
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