A superlotação do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel obrigou a equipe da unidade hospitalar a colocar macas com pacientes perto
do necrotério. É o que diz a técnica de enfermagem Ângela Maria Ramos, que relatou a situação do maior hospital público do estado em entrevista à Inter TV Cabugi. "Tem maca até na porta do necrotério. É uma situação que faz anos que não vemos", afirma.
Da manhã da última sexta-feira (5) até a manhã desta segunda-feira (8), os corredores chegaram a ficar com 16 pacientes aguardando cirurgias ortopédicas. O tempo de espera prejudica e aumenta o risco de contaminação, conforme explica o médico Carlos Magno. "Um paciente com fratura exposta, depois de seis horas, já é considerado em uma situação de infecção", afirma.
O setor de ortopedia do hospital informa que a demora para a realização das operações é causada por falta de estrutura. Alguns pacientes chegam a esperar mais de uma semana. "É uma situação caótica", reforça o médico Carlos Magno.
Além da superlotação, a direção do hospital acrescentou que faltam recursos básicos, como ataduras e antibióticos.
A assessoria da comunicação da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) reconhece a superlotação. De acordo com a Sesap, a situação é causada pela alta demanda de pacientes que chegam do interior do estado, e porque alguns hospitais não estão recebendo pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) devido aos atrasos nos repasses de recursos do Estado.
Fonte: G1
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