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sexta-feira, setembro 12, 2014

“Robinson persegue e age como se fosse dono do Agreste”, diz prefeito

Chico Araújo afirma que Robinson Faria é um “filhote da ditadura” e “coronelista”. Foto: Divulgação“Robinson age como se fosse o dono do Agreste. Ele atua aqui na região há anos e nunca fez nada por nenhuma cidade, mas costuma perseguir quem não é do lado dele”. As palavras do prefeito de
Espírito Santo, Chico Araújo (PMDB) contrastam com o perfil adotado pelo candidato do PSD ao Governo do Estado, Robinson Faria. Ao invés de algo “novo” na política, o que sobressai do relato de Chico Araújo é um político de perfil “coronelista” e perseguidor de adversários.

Chico Araújo conhece Robinson Faria há 28 anos, desde que o atual vice-governador do Governo Rosalba se elegeu deputado estadual pela primeira vez. “Em 1988, no Governo Geraldo Melo, recebi a visita de um conhecido, que veio pedir para não demitir um funcionário da Caern. Achei estranho porque não tinha intenção de demitir ninguém e fui procurar saber o que tinha acontecido. Liguei para a Caern e descobri que era Robinson quem tinha pedido a demissão do funcionário, por perseguição mesmo”, aponta o prefeito de Espírito Santo, que atualmente exerce o seu segundo mandato à frente da cidade do Agreste.

Para Chico, não há como aceitar a nova cara de Robinson, que, para o prefeito, é um “filhote da ditadura”. “Por laços familiares, era ligado ao PDS, aos militares. Ele é um filhote da Ditadura”, diz. Apesar da ligação com o partido dos militares durante a ditadura, Robinson iniciou a carreira no PMDB, que hoje critica em seus discursos como candidato.”Robinson sempre teve o costume de agredir as pessoas, desde aquela época. Num comício, na época de Geraldo Melo, ele foi até Espírito Santo, a minha cidade, e me agrediu com o seu discurso no palanque. E naquela época nós éramos do mesmo partido”, relembra Chico Araújo.

Em termos de trabalho a apresentar, Chico Araújo disse que não há na sua cidade e nos arredores uma só obra de impacto que tenha contado com a participação de Robinson Faria, enquanto deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa e vice-governador do Estado. “Posso garantir que não tem um banheiro construído no município de Espírito Santo que tenha sido conseguido através do trabalho de Robinson. O que ele sabe fazer bem é usar a rádio dele para contar vantagem. Quem escuta acha que ele já levou até metrô pra região”, diz.

O prefeito acrescenta: “Desafio alguém a encontrar uma só obra de Robinson em Espírito Santo, Nova Cruz ou Santo Antonio. O que tem em Santo Antonio quem levou foi Luiz Antonio Vidal, que é o padrinho de Robinson na política. Mas ele mesmo nunca fez nada. E toda eleição vai lá no Agreste ser votado”.

Chico Araújo dá um exemplo. Ele esteve à frente do município entre 1993 e 1996. Depois, o grupo comandado por Robinson Faria passou a exercer liderança na cidade e mais recentemente, em 2012, o grupo do atual prefeito voltou à Prefeitura. “Nesses 20 anos que passei fora, o grupo de Robinson não fez nada pelo Agreste”, diz, acrescentando que o candidato do PMDB, Henrique Alves, por sua vez, tem serviços prestados na região.

“A ponte sobre o rio Jacu foi conseguida através de Henrique, a estrada entre Espírito Santo e Jundiá também teve a participação dele. Já Robinson só vem aqui na hora da eleição e na festa da padroeira”, garantiu.

A trajetória política de Robinson, que passou toda a sua vida política na situação e agora faz campanha com tom opositor, é vista também com desconfiança pelo prefeito. “Robinson aderiu a todos os governos desde 1986, serviu a todos os governos. E mesmo assim não trouxe nada para o Agreste. Ele esteve com Geraldo Melo, com Lavoisier na eleição, mas pulou logo para José Agripino assim que Lavoisier perdeu a eleição. E assim foi em todos os governos”, disse.

Fonte: Portal JH

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