Uma mulher multimilionária foi acusada nesta quinta-feira (11) de matar seu filho de 8 anos ao forçá-lo com uma seringa a engolir um coquetel tóxico de analgésicos e
outras drogas em um quarto de um hotel de luxo em Manhattan. O caso aconteceu em julho de 2010 e a multimilionária, Gigi Jordan, foi a julgamento por assassinato nesta quinta-feira (11).
O menino foi primeiramente considerado autista, mas depois recebeu diagnóstico de anormalidades no sistema imune, transtorno de estresse pós-traumático e outros problemas, de acordo com os documentos judiciais da acusada.
Gigi Jordan foi descrita pelos promotores como uma assassina calma e calculista, que envenenou seu filho único e, em seguida, quando o menino já estava morto, transferiu dinheiro de seu fundo.
Em fevereiro de 2010, Jordan e seu filho, Jude Mirra, foram encontrados em uma suíte de hotel de US$ 2.300 a diária. O menino estava morto por overdose e Jordan estava com mais de 5.800 comprimidos espalhados.
Sua defesa diz que a empresária do ramo farmacêutico foi tomada pelo medo e desespero ao matar seu filho e tentar se matar.
Jordan deve testemunhar para explicar a tragédia: um menino com uma condição médica misteriosa, e uma mãe que percorria o país por tratamento para ele, mas que sentiu que sua segurança estava sob risco e encontrou o assassinato e suicídio como únicas soluções, disse o advogado de defesa Allan Brenner.
Segundo sua defesa, Jordan acreditou que sua vida estava em risco por causa de um conflito financeiro, e que, sem ela, seu filho estaria vulnerável a um homem que ela diz que abusava dele. Nenhuma acusação de abuso foi registrada.
“Ela deu a ele a paz que não conseguia dar durante sua vida. Ela o deixou distante de ´animais´ que ela não conseguia afastar”, disse seu advogado.
No entanto, o advogado do distrito de Manhattan, Matthew Bogdanos, disse aos jurados que as preocupações de Jordan não o assassinato de seu filho.
“Ela não tinha direito de matar o seu filho”, disse Bogdanos. “A única pessoa de quem ele sempre precisou de proteção era a pessoa em que ele deveria mais confiar”.
Jordan fez um patrimônio estimado em US$ 40 milhões com empresas farmacêuticas. Mas ela deixou a carreira para tomar conta do menino que batia sua cabeça constantemente contra o chão, que não podia falar e que se contorcia de dor, de acordo com seus documentos judiciais.
No final de 2006, segundo sua defesa, Jude contou para sua mãe – com gestos, poucas palavras e depois, com “comunicação facilitada” em um computador – que ele tinha sido torturado e sofrido abuso sexual.
Segundo o advogado de Jordan, várias autoridades rejeitaram seus pedidos de investigação. Com o tempo, Jordan começou a receber ameaças e ficou convencida de que um de seus ex-maridos queria que ela morresse para silenciar negócios escusos, dizem seus advogados. O ex-marido negou todas as acusações e entrou com um processo de difamação contra ela.
Fonte: AP
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