A candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, não poupou o PT, mas livrou a presidente Dilma Rousseff de responsabilização direta sobre o suposto desvio de dinheiro da
Petrobras para pagar o apoio de parlamentares e até de ministros de Estado ao governo federal.
Marina defendeu investigação “rigorosa”, recusou-se a defender Eduardo Campos – citado como participante do escândalo – e parafraseou a Bíblia para dizer que tem compromisso com a “verdade dos fatos”.
As declarações foram feitas nesta segunda-feira (8), durante visita a uma creche no Bom Retiro, em São Paulo.
Marina foi questionada sobre as possíveis consequências para a sua candidatura caso as investigações provem o envolvimento de Campos – seu antigo companheiro de chapa, morto em 13 de agosto num acidente de avião.
A candidata não tento proteger Campos e pregou “todo o rigor” necessário às investigações, “doa a quem doer”. Marina defendeu o trabalho da Polícia Federal, ao dizer que, quando era ministra do Meio Ambiente, a corporação ajudou a desbatar quadrilhas e reduzir os desmatamentos na Amazônia.
Marina atribuiu a corrupção na Petrobras “ao atual governo”, que seria “conivente” com os supostos desmandos na estatal, mas poupou Dilma: “A presidente tem responsabilidade política. Eu não seria leviana de levar o caso pessoalmente”, disse ela ao criticar a posição de Aécio Neves, o candidato do PSDB à Presidência, que pede a condenação da petista. “Não vou ganhar nenhuma eleição a qualquer preço.”
A pessebista preferiu prometer que, se eleita, suas indicações para administração da estatal serão técnicas. Até lá, defendeu apuração dos fatos e reafirmou seu compromisso “com a verdade” ao concluir a entrevista coletiva citando uma passagem bíblica: “Conhecereis a verdade e ela te libertará.”
Fonte: IG
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!