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segunda-feira, setembro 08, 2014

Líder do DEM quer que TSE rejeite as candidaturas de envolvidos no esquema

http://cidadenewsitau.blogspot.com.br/A delação premiada do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, atingiram não só o Governo Federal
e a candidatura a reeleição de Dilma Rousseff (PT), mas também os presidentes do Congresso, Renan Calheiros, do Senado, e Henrique Eduardo Alves, da Câmara Federal. Tanto é que senadores e deputados já pedem a apuração o mais rápido possível dos envolvidos e a cassação de quem tiver mesmo recebido propina da direção da Petrobras.

Além da apuração no Congresso, o caso também deverá ter manifestação da Justiça Eleitoral. Pelo menos, é o que pede o líder do DEM na Câmara Federal, o deputado Mendonça Filho, de Pernambuco. Segundo ele, é “fundamental acompanhar de perto o tema no Supremo Tribunal Federal (STF)” e o que fará o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), “já que boa parte dos delatados são candidatos nas eleições de outubro”.

Na reportagem publicada no jornal Estadão sobre a declaração de Mendonça Filho, inclusive, é citada a situação do presidente da Câmara Federal, Henrique Eduardo Alves, que é candidato ao Governo do Rio Grande do Norte. “O eleitor merece uma resposta rápida para evitar que candidatos sejam eleitos e impugnados posteriormente”, disse Mendonça. Vale lembrar que, no RN, o DEM do senador José Agripino Maia apoia, justamente, a candidatura de Henrique.

Já o senado Alvaro Dias, do PSDB, a apuração tem que ser feita, também, no Congresso, com o afastamento e cassação dos envolvidos. “Há vários congressistas, senadores e deputados, envolvidos. O Congresso tem que instaurar os procedimentos necessários para o julgamento desses parlamentares e, eventualmente, a cassação de todos eles”, afirmou o parlamentar ao Bom Dia Brasil, na manhã de hoje, quando o escândalo continuou a repercutir na imprensa nacional.

mendo

Segundo a reportagem, a oposição ao Governo Federal deverá pedir a convocação de uma reunião emergencial da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), instaurada há três meses no Congresso, para apurar essa delação premiada. Os partidos opositores querem se aprofundar nas investigações e cobram, para isso, copias do depoimento prestado por Paulo Roberto Costa a Polícia Federal.

CAMPANHA FINANCIADA

As empreiteiras contratadas pela Petrobras, segundo Paulo Roberto, tinham que contribuir, obrigatoriamente, para campanhas políticas de partidos aliados ao Governo. A compra serviu para abastecer a caixa de partidos e pagar propina aos envolvidos na negociação.

Vale lembrar que, no caso do Rio Grande do Norte, a revista Veja apontou que Henrique Alves já recebeu dinheiro de uma das empresas citadas no escândalo da Petrobras para financiar a campanha dele na eleição passada. Além dele, o deputado federal Betinho Rosado, do PP, também foi citado.

Aécio: “Não dá para pessoas envolvidas dizerem que não sabiam”

A candidatura de Henrique Alves, devido ao depoimento de Paulo Roberto Costa, foi alvo de críticas não só do DEM, que é aliado local. Foi ponto de crítica, também, do PSDB, pelo candidato a Presidência da República, Aécio Neves. Segundo ele, não é possível que os envolvidos digam que não sabiam do caso, apesar de ainda ser necessário aguardar uma apuração mais aprofundada sobre o caso.

“Tenho muito cuidado com relação a isso. São acusações que eu não conheço. Li pela manhã e me dei conta do tamanho dessas denúncias. Todos nós vamos ter que estar prontos para dar explicações sobre quaisquer questões. Eu acho que não dá é para pessoas envolvidas dizerem que não sabiam de nada”, afirmou Aécio Neves, acrescentando ser necessário esperar um pouco mais o desdobramento das investigações.

“Vamos dar tempo ao tempo e esperar que, realmente, essas acusações que hoje citam nominalmente algumas pessoas possam ser comprovadas, com indícios mais claros. Eu vejo tudo isso com alguma cautela. Mas eu reafirmo, e não há dúvidas em relação a isso, é que o governo do PT foi conivente com o maior assalto que já se fez aos cofres da maior empresa brasileira, a Petrobras. O governo do PT patrocinou um assalto à maior empresa brasileira. Isso jamais ocorreu na história do Brasil”, disse o presidenciável.

“Será que quem estava certo era quem estava dentro desse governo durante todo esse período? De alguma forma, até se beneficiando, mesmo que não diretamente. Se beneficiando dessa estrutura que se manteve para sustentar o governo. A minha diferença maior para as duas candidatas é que em nenhum momento eu participei desse governo. No momento em que esse governo assaltava o país, eu fazia oposição. De nenhuma forma eu participava disso. Nem diretamente nem indiretamente. Os cargos que eu ocupei não foram, de alguma forma, sustentados por esse governo corrupto”, acrescentou Aécio Neves em entrevista publicada pela revista Veja no final de semana.

“Esse esquema é que vem sustentando o seu governo, dando a ela maioria no Congresso e pagando diretamente sua base de apoio. Estamos diante do mais grave escândalo de corrupção da nossa história contemporânea. Acho que o mensalão 2 tem níveis de sofisticação que fazem dele algo mais grave do que o primeiro. O mensalão 2, pelo que nós estamos vendo, se manteve e se arrastou pelos onze anos desse governo”, acrescentou.

ALIANÇA

É importante lembrar que Aécio Neves é amigo pessoal de Henrique Eduardo Alves, também citado no esquema. Tanto, inclusive, que apesar de apoiar oficialmente a reeleição de Dilma Rousseff, do PT, Henrique se encontrou com o tucano quando ele esteve em Natal, em agosto, visitando a cidade. Além disso, o PSDB no Rio Grande do Norte apoia a candidatura de Henrique ao Governo do Estado.

Fonte: Portal JH

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