O corte de Maicon não causou efeitos visíveis na seleção brasileira. Após o anúncio feito no domingo e o fim do mistério nesta
segunda-feira (08), já em Nova Jérsei, nos Estados Unidos, os jogadores mantiveram sua rotina normalmente, com as mesmas brincadeiras de sempre, e, mesmo nas entrevistas, não mostraram insatisfação.
O anúncio para o grupo foi feito no próprio domingo, no mesmo dia em que Gilmar Rinaldi, coordenador de seleções, avisou a imprensa. Nesta terça, já com Fabinho no banco, o time enfrenta o Equador a partir das 22h.
O capitão Neymar, por exemplo, lamentou mais o fato dos boatos que surgiram envolvendo outros atletas do que propriamente a exclusão do lateral direito.
"Foi uma decisão da diretoria, do Dunga, do Gilmar, e a gente precisa respeitar. Faz parte e a gente sabe que se acontece vai ser assim", disse Neymar, para depois subir o tom para atacar os boatos, especialmente o que envolveu um suposto caso de homossexualismo com Elias.
"Quem tem boca fala o que quer. Tem muito jornalista mal informado que fala besteira. Já falaram muito da minha carreira também", completou. Ao ser questionado sobre o que falou com Maicon após o corte, o camisa 10 voltou a ser de menos palavras. "Falei com ele no quarto".
No próprio domingo, Luiz Gustavo já havia falado que o corte de Maicon serviria de exemplo da nova Era Dunga. Na segunda-feira, Fernandinho também seguiu a mesma linha.
"Não afetou. Recebemos na naturalidade, são coisas que acontecem no futebol, decisões que precisam ser tomadas. A vida segue, para nós e para ele. Vamos ver o que acontece no futuro", disse o meio-campista.
Elias mostrou ainda mais indiferença com o corte. "Não sou próximo do Maicon, não falei com ele sobre o corte. Ele mora e joga na Itália e eu no Brasil. Não falei com ele depois do corte", disse o corintiano.
Danilo, que vai substituir Maicon, também deixou de lado ficar abalado ao entrar em campo diante do Equador. "A expectativa é boa, estou me preparando há muito tempo para essa oportunidade. Surgiu de uma maneira inesperada, mas eu estou bem preparado, quero ajudar o Dunga e a seleção e me ajudando", disse ele. "É um pouco triste, é companheiro nosso, mas vamos pensar daqui para frente. Vamos focar tudo nisso", completou.
"Não surpreende o corte, porque essa é a maneira do Dunga trabalhar. São eles (treinador e dirigentes) que comandam e cabe para nós só trabalhar".
No treino de segunda, no Red Bull Arena, os jogadores mostraram a mesma animação durante os treinos, com piadas, brincadeiras e dribles nas horas em que o treinamento não estava valendo. A comissão técnica também seguiu sorridente e não deixou transparecer nervosismo, a não ser pelos boatos espalhados pela internet.
O jeito da divulgação do corte de Maicon, aliás, deixou alguns atletas insatisfeitos. Na visão deles, a condução do caso deixou margem para que outros atletas tivessem sua imagem afetada.
Fonte: Uol
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