Depois de a Polícia Civil informar que avançou nas investigações sobre as quadrilhas que estão realizando os chamados “arrastões” a estabelecimentos comerciais de
Natal, agora é a vez de a Polícia Militar anunciar que traçou estratégias na tentativa de inibir e capturar esses criminosos.
De acordo com o coronel Francisco Araújo, comandante geral da PM do Rio Grande do Norte, o efetivo nos locais com maiores incidências desse tipo de ação será aumentado a partir desta sexta-feira (15). “Na semana passada nós recebemos quatro viaturas novas e na manhã de hoje recebemos mais quatro, que já estão rodando. Essas viaturas serão deslocadas para fazer a segurança desses locais onde existem mais estabelecimentos comerciais, como bares e restaurantes. Pois é onde existe um maior fluxo de pessoas e também mais visado pelos criminosos. Além disso, na próxima semana receberemos cerca de 20 novas viaturas”, frisou.
Com a recente onda de arrastões, o coronel afirmou que tem tido reuniões frequentes com a Polícia Civil para juntar esforços e acabar com a sensação de impunidade que, de acordo com vítimas dos crimes, parece que os bandidos estão tendo. “Na verdade a Polícia Civil e Militar sempre trabalham juntas. Claro que quando acontece situações desse tipo, com uma onda do mesmo crime acontecendo, temos que traças estratégias para conseguir solucionar esse problema. Em termos de ações ostensivas, que é a responsabilidade da Polícia Militar, estamos tomando as medidas necessárias. Que é aquilo que falei, iremos aumentar o efetivo nesses locais. Mas posso falar que estamos próximos de uma resposta positiva para a sociedade”.
Sem terem o retorno da polícia contra os bandidos, empresários do ramo têm discutido possibilidades para trazer mais seguranças para os estabelecimentos comerciais. Uma das medidas seria a antecipação do horário de fechamento de bares e restaurantes para as 22h. Sobre o assunto, coronel Araújo disse que está à disposição para discutir possíveis soluções. “Não podemos interferir nessa decisão, já que é uma escolha dos empresários. Porém, se eles quiserem alguma opinião sobre o assunto ou o que podem fazer para proporcionar mais segurança no estabelecimento, a Polícia Militar está à disposição”.
Já o adjunto da Delegacia de Furtos e Roubos (Defur), Matheus Trindade, afirmou que não acredita que essa mudança de horário trará mais “segurança” para os estabelecimentos. “Se formos observar os casos, realmente boa parte acontece a partir das 22h, quando a quantidade de pessoas já não é tão grande e a movimentação nas ruas também não. Porém, muitos casos aconteceram antes desse horário, como no Habib’s, por exemplo (o assalto aconteceu por volta das 19h). Além disso, essa mudança seria ruim economicamente para o estabelecimento. Então não acredito que irá se concretizar”.
Polícia na cola dos bandidos
Nessa quinta-feira (14), a Polícia Civil divulgou imagens de três dos quatro suspeitos de terem participado do arrastão realizado no restaurante Takami, que fica localizado na avenida Prudente de Morais. Com menos de 24 horas depois das imagens terem sido liberadas, a Defur informou que já recebeu diversas denúncias e que em algumas delas um dos homens é apontado como participante de outros assaltos.
“Na manhã desta sexta-feira nós iremos apurar todas as denúncias. Como fazem menos de 24 horas desde que essas imagens foram divulgadas, tudo o que temos até agora são denúncias, mas nenhuma confirmada. Porém, realmente existe essa informação de que um dos suspeitos de terem participado desse assalto (no Takami) também participou de outro arrastão. Acredito que até o final do dia nós já teremos informações mais concretas sobre esses suspeitos e a identificação de todos”, afirmou o delegado adjunto da Defur, Matheus Trindade.
Em entrevista para o Jornal de Hoje, o titular da Defur, Herlânio Cruz, destacou que as investigações sobre esses crimes avançaram nos últimos dias e que em breve os criminosos podem ser presos. “O pessoal que vem assaltando em Capim Macio, por exemplo, nós já conseguimos fazer a identificação desses suspeitos. Já estamos em uma linha de investigação bem específica no que diz respeito aos locais que esses suspeitos moram e casas onde levam os objetos”. “Isso é uma onda, como teve a onda de assaltos a motéis, que hoje quase não temos registro, já que conseguimos efetuar as prisões dos criminosos. Sabemos que precisamos dar uma resposta para tentar diminuir esses índices”, finalizou.
Fonte: Portal JH
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