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quinta-feira, agosto 14, 2014

Médico americano infectado pelo ebola deixará hospital em breve

O médico americano Kent Brantly, que foi infectado pelo ebola na Libéria, em foto sem data (Foto: Joni Byker / SAMARITAN'S PURSE / AFP)O médico americano infectado com o vírus ebola enquanto tratava pacientes na Libéria terá alta do hospital americano onde está internado em breve, anunciou nesta
quinta-feira (14) o grupo de ajuda cristão do qual ele faz parte. As informações são da agência France Presse.
"O doutor Kent Brantly está se saindo muito bem e espera ser liberado no futuro próximo", anunciou a organização Samaritan's Purse, em um comunicado, sem informar uma data precisa para a alta. A equipe do hospital da Universidade de Emory, em Atlanta, na Geórgia, "está cuidando extremamente bem dele", acrescentou o comunicado.
Brantly e outra missionária americana, Nancy Writebol, foram infectados com o ebola enquanto cuidavam de pessoas durante a pior epidemia da febre hemorrágica da História, no oeste da África.
No total, 1.069 pessoas morreram e quase 2.000 foram infectadas desde março em Libéria, Serra Leoa, Guiné e Nigéria.
Brantly, de 33 anos, e Writebol, de 60, receberam um medicamento experimental e foram levados de volta aos Estados Unidos. As notícias sobre o estado de Writebol são de que ela também estaria melhorando e recebendo tratamento no mesmo hospital onde está Brantly.
O ebola se dissemina pelo contato com fluidos corporais de uma pessoa infectada, o que deixa particularmente vulneráveis a contrair a doença trabalhadores sanitários e familiares.
Brantly divulgou uma carta na semana passada de seu quarto de hospital, lembrando como ele se isolou quando começou a se sentir mal e como se sentiu vendo tantas pessoas morrerem.
"Eu segurei nas mãos de vários indivíduos enquanto esta doença terrível tirava suas vidas. Eu testemunhei o horror diretamente e ainda sou capaz de lembrar de cada rosto e nome", escreveu.
Estado de emergência
A Guiné foi o quarto país a declarar uma emergência de saúde pública por causa da epidemia, de acordo com a Reuters. O país está enviando funcionários da saúde para todas as localidades fronteiriças afetadas, declarou uma autoridade do governo.
Estimadas 377 pessoas morreram na Guiné desde o início do maior surto de Ebola da história, em março, em áreas remotas de uma região de fronteira perto de Serra Leoa e Libéria. A Guiné afirma que o surto está sob controle e que o número de casos está diminuindo, mas as medidas são necessárias para evitar novas infecções de nações vizinhas atingidas pela epidemia.
“Caminhões cheios de suprimentos médicos e levando funcionários da saúde estão a caminho de todas as localidades na fronteira com Serra Leoa e Libéria”, disse o presidente da comissão de Ebola da Guiné, Aboubacar Sidiki Diakité, na noite de quarta-feira.
Até três mil pessoas estão esperando em 17 pontos na divisa pela permissão para entrar no país, afirmou. “Qualquer doente será isolado imediatamente. As pessoas serão acompanhadas. Não podemos correr o risco de deixar qualquer um entrar sem verificações”, disse.
Serra Leoa e Libéria já tinham declarado emergência nacional nas semanas anteriores. A Nigéria também declarou emergência nacional, embora até o momento tenha escapado dos níveis de infecção dos três outros países africanos. Nesta quinta-feira, o país disse ter 10 casos de Ebola, e quatro nigerianos morreram da febre hemorrágica.

Fonte: G1

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