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sexta-feira, agosto 22, 2014

Jihadistas enviaram mensagem à família de Foley dias antes de matá-lo

Os jihadistas do EI (Estado Islâmico) enviaram um e-mail à família de James Foley alertando sobre a iminente execução uma
semana antes de tornar público o vídeo da decapitação do jornalista americano na Síria, onde estava sequestrado desde novembro de 2012.

O "GlobalPost", um dos veículos em que o jornalista era colaborador, publicou nesta quinta-feira (21) o e-mail que a família de Foley recebeu na terça-feira (12), no qual os jihadistas anunciaram que o matariam.

"Vocês e seus cidadãos pagarão o preço de seus bombardeios. O primeiro será o sangue do cidadão americano James Foley", escreveram na mensagem.

No e-mail, divulgado com a autorização da família, os jihadistas detalharam que o jornalista "será executado como consequência direta" da recente intervenção no Iraque, onde os Estados Unidos há mais de uma semana realizam ataques "seletivos" sobre posições do EI na zona norte.

O "GlobalPost" explicou no artigo que acompanha a mensagem dos jihadistas que não é certo, como disseram, que a família teve "muitas oportunidades de negociar" a libertação de Foley.

Ele foi sequestrado em novembro de 2012 e desde então sua família não teve nenhuma notícia dele até que em 26 de novembro de 2013 receberam uma mensagem de seus sequestradores que pedia 100 milhões de euros (cerca de R$ 300 milhões) em troca de sua libertação.

Os jihadistas também exigiram a libertação de vários prisioneiros jihadistas nos Estados Unidos.

A segunda e última vez que a família do jornalista teve notícias de seus sequestradores foi no último dia 12, apenas uma semana antes de ser publicado o vídeo com sua morte, dia 19.

No vídeo, antes de ser decapitado Foley se despede de sua família e acusa o governo americano de ser o responsável por sua execução por causa da recente intervenção no Iraque.

Nessas imagens aparece outro jornalista americano sequestrado, Steven Joel Sotloff, cuja vida "depende da próxima decisão de Obama", diz o carrasco na gravação.

Apesar destas ameaças, os Estados Unidos continuam a ofensiva aérea contra posições jihadistas do Estado Islâmico no norte do Iraque com novos ataques aéreos perto da estratégica barragem de Mossul, dentro da campanha iniciada para ajudar as tropas iraquianas a repelir o EI.

Fonte: Uol

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