Felipão e Fred venceram neste domingo no Campeonato Brasileiro, mas não escaparam do tema seleção brasileira. Tanto em Porto Alegre quanto no Rio de Janeiro, a dupla se mostrou desconfortável
com as críticas ainda em reflexo do final vexatório da campanha na Copa do Mundo. O treinador chamou a imprensa de covarde e o atacante se definiu como bode expiatório.
"Vocês estão sendo covardes. Vocês estão atingindo a mim e ao Fred. Se quiserem bater, batam em mim. Esqueçam os jogadores. Nós fomos campeões do mundo e eu estava no grupo. E tivemos a melhor campanha desde 2002, os jogadores foram corretos comigo. E se tivesse que escolher outra vez, escolheria os mesmos jogadores", disse Scolari após a vitória do Grêmio em cima do Corinthians, em Porto Alegre.
A declaração foi o único ponto de irritação do treinador em toda a coletiva. Antes de iniciar a resposta, Felipão afirmou que seria a última vez a falar da Copa do Mundo enquanto estiver no Grêmio. O tema já irritou ele em outras conferências.
Quase ao mesmo tempo, no Rio de Janeiro, Fred aproveitou os dois gols diante do Sport Recife e desabafou. Se definiu como bode expiatório para a goleada de 7 a 1 sofrida para a Alemanha e reclamou das críticas.
"Vocês estão vendo. No futebol brasileiro é assim, precisavam de um bode expiatório. Fui tratado assim. Não acho justo. Eu assumo minha responsabilidade na seleção, mas nada deu certo para o grupo inteiro. Não dá é para pegar um jogador e fazer de bode expiatório isso", declarou o centroavante.
O jogador ainda admitiu que não conseguiu defender o time das Laranjeiras após a Copa por conta do desgaste mental. "Não dava. Eu precisava tirar uns dez dias e ficar perto de quem me ama. Foi tudo muito complicado".
Mantendo o tom crítico, o jogador do Fluminense atacou aqueles que defendem o fim do típico camisa 9 nas montagens das equipes.
"Fiz dois gols hoje [domingo], mas estão tentando acabar com o camisa 9. E daqui a pouco vão acabar com o camisa 10 também. Não dá. O Klose, na Alemanha, por exemplo, só joga dentro da área. Não sai dali. Mas é um craque no que faz. A gente vê aí grandes jogadores clássicos que dizem que não têm como jogar. A gente tem o Ganso, Wagner, Conca, no dia que eu dirigir um time vão ser eles (o 10, o 9) e mais nove", analisou.
Por fim, Fred falou sobre a volta da boa fase em campo e o reencontro do Fluminense com as vitórias após três derrotas seguidas e a eliminação na Copa do Brasil.
"Estávamos buscando essa nova reação. Foi importante porque esses quatro gols de diferença em casa fazem com que possamos chamar os torcedores para o nosso lado. Eu sei reconhecer quando a fase não é boa para mim, mas vinha trabalhando muito e me doando o máximo. Sabia que uma hora sairia", encerrou.
Fonte: Uol
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