“Vou levar para minha vida inteira”, diz estudante arremessado de ônibus

O estudante de engenharia Paulo Avelar, de 26 anos, que foi vítima de homofobia, disse, em entrevista, que ficará traumatizado para

sempre.

“É algo que vou levar para minha vida inteira”.

O jovem foi arremessado contra um micro-ônibus em movimento, na zona oeste de São Paulo, na terça-feira (8).

Avelar estava com o namorado e mais quatro amigos a caminho de uma casa noturna quando se depararam com um grupo de cinco pessoas, na esquina das ruas Roberto Bosch e Achilles Orlando Curtolo, na Barra Funda.

De acordo com Gean Contarini, namorado do estudante, os amigos foram insultados e ofendidos por serem gays. Em seguida, os agressores começaram a correr atrás deles.

O lugar fica em uma curva perigosa, onde carros e ônibus passam em alta velocidade. Avelar foi arremessado para a frente de um micro-ônibus que passava pela via.

Ainda de acordo com Contarini, o motorista do veículo não prestou socorro após o atropelamento e desceu furioso.

“Ele falou, “peraí que vocês vão ver”. “Ele voltou com uma vassoura e bateu no meu amigo”.

O caso foi registrado no 91º Distrito Policial – Ceagesp. O motorista foi autuado por omissão de socorro e deve responder em liberdade. Os agressores de Avelar fugiram a pé no sentido Terminal Barra Funda e ainda não foram identificados.

O estudante sofreu traumatismo craniano e uma fratura no braço. Ele chegou a ficar algum tempo na UTI, mas já está consciente e foi transferido para um quarto de um hospital da região central de São Paulo.

“Eu ainda sinto muitas dores de cabeça, mas os médicos disseram que não preciso me preocupar.”

O estudante deve passar por uma nova tomografia, mas ainda não há previsão de alta.

Reprodução Cidade News Itaú via R7