Ainda há motivos para buscar inspiração para o jogo final. Se a Holanda quer encerrar sua participação na Copa do Mundo sem
derrotas, o Brasil luta pela honra e dignidade. Assim pensa o capitão do time, Thiago Silva, que volta de suspensão para a disputa do terceiro lugar no sábado, às 17h, no Mané Garrincha.
- A motivação, pelo menos da minha parte, é a maior possível. Claro que com um objetivo diferente, não é o primeiro lugar em disputa, e sim nossa honra, nossa dignidade. Quando você veste essa camisa com cinco estrelas no peito tem que respeitar acima de tudo. Independentemente da situação, se a gente vem de uma derrota teoricamente dura, tem tudo agora para virar a página e vida que segue. A gente está muito motivado para esse jogo, contra um adversário muito qualificado, que não chegou à decisão por falhas nas penalidades. Tem todo o nosso respeito e tinha todas as condições de estar na final contra a Alemanha. É basicamente o mesmo time que nos eliminou em 2010. Dessa vez não vou querer sair triste novamente.
A dura derrota por 7 a 1 para a Alemanha, na semifinal, mexeu com o elenco. Isso nenhum atleta nega. Mas o trabalho de Luiz Felipe Scolari não é questionável para o atleta. Confiante no comandante, o zagueiro espera que Felipão continue no cargo após o Mundial.
- Não é porque ele está do meu lado. Já falei para ele o quanto confiamos e como crescemos com ele. É claro que tudo começou com o Mano (Menezes). Depois teve a saída, que é sempre difícil. O momento não é de crucificá-lo (Felipão) por qualquer razão. Estamos juntos. Quando um erra, erra todo mundo. Quando conseguimos dividir os erros, não fica pesado para cada um. Quem estava em campo eram os jogadores. Por mais que eu não estivesse incluído, esse é meu papel como capitão. Foi um momento de minutos de pane que terminou daquela maneira.
Acostumado a jogar no Maracanã na época de Fluminense, o zagueiro, atualmente no Paris Saint-Germain, da França, não sai completamente decepcionado por não ter atuado no estádio. A frustração maior é por não ter ido até a final, o que lhe daria o direito de entrar no palco da decisão.
- Claro que fica frustrante pelo simples fato de criar uma expectativa de um jogo final, o possível hexacampeonato, que todo mundo tinha consciência que era possível. Tinham confiança no grupo, e é frustrante porque passei muitas noites sem dormir pensando na Copa, na possível final, e não vai acontecer. Mas em nenhum momento deixei de ter motivação para jogar futebol. Quando somos apaixonados pela profissão temos que crescer com os erros.
Reprodução Cidade News Itaú via Globo Esporte
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