quarta-feira, julho 23, 2014

Rebeldes misturaram partes de outras aeronaves a destroços do MH17, dizem britânicos

Fontes de inteligência britânica disseram à rede BBC nesta quarta-feira (23) que separatistas russos inseriram partes de outras
aeronaves em meio aos destroços do avião da Malaysia Airlines que caiu no leste da Ucrânia no último dia 17.

Peritos afirmam que os rebeldes mexeram deliberadamente nas evidências para obstruir as investigações -- eles são apontados como os responsáveis pela queda do avião, derrubado por um míssil.

Além de misturar destroços, eles teriam ainda cortado partes do Boeing 777, entre eles a cabine dos pilotos, e moveram os corpos.


O modo como os destroços e os corpos se dispuseram no solo é crucial para as investigações porque podem indicar se de fato o avião explodiu ainda no ar.

"A parte traseira da aeronave, uma das maiores peças intactas, foi definitivamente adulterada", disse Michael Bociurkiw, porta-voz do grupo de monitores internacionais da OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação na Europa).

Os separatistas, de acordo com Bociurkiw, estão removendo evidências do local do acidente. "Isso levanta a questão: o que eles estão tentando esconder?", questionou o porta-voz.

Os rebeldes também foram acusados pelas autoridades da Holanda de terem mentido sobre a quantidade de corpos entregues para análise. O líder rebelde na região havia dito que entregaria 282 corpos, dentre as 298 vítimas, mas apenas 200 foram de fato entregues. 

Os corpos começaram nesta quarta-feira a serem transportados para a Holanda. Já as caixas-pretas chegaram às mãos dos peritos britânicos para análise.

"Por engano"
Autoridades de inteligência dos Estados Unidos disseram na terça-feira (22) que acreditam que os separatistas pró-Rússia provavelmente derrubaram o avião da Malaysia Airlines "por engano". Além disso, a Rússia não teria nenhuma ligação com o ataque.

Funcionários acreditam que o avião de passageiros foi interceptado por um míssil terra-ar do modelo SA-11, que foi acionado por rebeldes ucranianos.

A Inteligência dos EUA sugere que, embora os EUA acreditem que a Rússia "criou as condições" que levaram ao incidente, os funcionários não encontraram indícios da presença de quaisquer russos durante o lançamento do míssil, e não confirmaram que a tripulação que disparou o míssil foi treinada na Rússia.

Reprodução Cidade News Itaú via Uol

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