O policial militar Heros Henrique, do PSOL, comunicou através das redes sociais que não será mais candidato a deputado federal. Defensor de pautas polêmicas, como a
legalização da maconha e a descriminalização do aborto, o PM retirou a sua candidatura porque foi comunicado da exclusão da Polícia Militar caso a candidatura fosse homologada.
“Na quinta feira recebi um comunicado da DP/PM sobre meu licenciamento (Exclusão) da PM caso minha candidatura fosse homologada. Foi para a DP/PM buscar mais esclarecimento e fui comunicado, em resumo, que o RDPM fala que o praça, com mais de 5 anos, pode sair candidato a cargo eletivo e caso não ganhe, volta para as fileiras, mas a Constituição Federal, fala que os membros das forças auxiliares só podem sair candidato com mais de 10 anos e se tiver menos de 10 anos (o meu caso vou completar 8 anos no dia 31/07), no ato da homologação, eu deveria ser licenciado ex-officio (Excluído da PM), ficando sem salário e sem emprego”, publicou.
No entanto, ele afirma que quando começou a levantar a documentação para se candidatar foi informado que poderia ser candidato e continuar recebendo o salário e caso não ganhasse voltaria as fileiras da Polícia Militar. ”Tudo isso foi verificado, recebi um posicionamento positivo sobre isso de oficiais, por isso me lancei candidato. Eu nunca faria isso com o risco de perder o meu emprego, pois é dele que eu dependo e é ele que zelo com responsabilidade e profissionalismo”, declarou.
Heros afirma que ficou decepcionado porque o fato de ser policial militar o colocou na condição de sub-cidadão, sem poder tentar lutar por uma sociedade diferente. Ele fiz que sua luta era que a sociedade o visse como um ser humano, mas não teve direitos básicos de liberdade. Heros, no entanto, se diz satisfeito por ter visto uma grande aceitação de suas propostas.
“Vi pessoas me olhando nos olhos e dizendo que iriam votar em mim pelas propostas da plataforma política, pela coragem de ser policial militar e defender a regulamentação da maconha, a desmilitarização, descriminalização do aborto, direitos LGBTs, redução da jornada de trabalho, entre outras propostas. Vi pessoas que iriam votar nulo, mas me disseram que iriam votar em mim por acreditar no projeto coletivo”, ressaltou.
Reprodução Cidade News Itaú via Defato
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!