O padrasto que ajudou a matar o garoto João Paulo Camilo a chicotadas, no Vale do Rio Doce, foi agredido por seus companheiros de cela na noite da última segunda-
feira (30), mesmo dia em que foi preso. José Mateus da Silva, de 35 anos, confessou ter apoiado a companheira, Josina Concebida Moysés, de 35, a espancar a criança até a morte.
Segundo a Seds (Secretaria de Estado de Defesa Social), a confusão na unidade ocorreu por volta de 21h. Ao perceberem a agitação, os agentes da penitenciária de Caratinga interviram e retiraram Silva do local. Ele foi atendido na enfermaria e encaminhado à unidade de pronto-atendimento. O laudo consta que o presidiário sofreu escoriações no corpo e um corte na cabela.
Ainda conforme a secretaria, ele foi isolado dos demais detentos e deverá ser transferido para outro presídio, para garantir sua integridade física. Foi instaurado um procedimento interno para apurar o caso.
Crime brutal
A morte da criança de sete anos chocou a população da cidade de Santa Bárbara do Leste, no Vale do Rio Doce. O menino, cujo corpo foi encontrado na última segunda-feira (30), às margens da BR-116, foi morto com golpes de chicote pela mãe e pelo padrasto, José Mateus da Silva, de 35. A criança foi espancada após urinar e fazer cocô na cama.
De acordo com a Polícia Militar, o padrasto da vítima acionou a corporação, alegando que o menino havia desaparecido. No entanto, após receberem denúncias de maus tratos contra os dois irmãos do garoto, que têm quatro e cinco anos, os militares foram até a casa da família. Lá, eles constaram que as crianças tinham machucados graves por todo o corpo. Diante dos fatos, os suspeitos foram conduzidos para a delegacia. Já os menores foram socorridos para o pronto-atendimento médico de Caratinga, onde permanecem internados.
Pouco depois, a Polícia Civil conseguiu localizar o cadáver de João Paulo. Conforme a perícia, ele tinha graves ferimentos espalhados pelo corpo, principalmente nos glúteos, provavelmente causados por um chicote, utilizado como arreio de cavalos, além de marcas de cigarro no peito.
Inicialmente, o homem e a mulher tentaram jogar a culpa um no outro, mas acabaram entrando em contradição. Por fim, os dois confessaram o crime. José Mateus alegou que era obrigado pela companheira a agredir as crianças e que eles tiveram medo de ser presos quando notaram que o menino havia morrido após o espancamento. Por isso, enrolaram o corpo em um cobertor e jogaram às margens da rodovia.
Reprodução Cidade News Itaú via R7
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