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sexta-feira, julho 18, 2014

Obama cita "evidências" de que o MH17 foi abatido por separatistas e responsabiliza a Rússia

O presidente dos EUA, Barack Obama, afirmou nesta sexta-feira (18) que "evidências indicam que o MH17 foi abatido por um míssil
terra-ar de uma área controlada por separatistas apoiados pela Rússia".

"Também sabemos que não é a primeira vez que uma aeronave foi derrubada no leste da Ucrânia", acrescentou o presidente, lembrando que os separatistas têm recebido ajuda constante da Rússia, inclusive de armas pesadas. 

Embora tenha dito que "não gostaria de se antecipar aos fatos" e que "não sabemos exatamente o que aconteceu", Obama afirmou que os separatistas não teriam como operar do modo sofisticado que têm feito sem treinamento russo. 

"Sabemos que os separatistas estão pesadamente armados e treinados, e isso acontece por causa do apoio russo. Não é possível que eles funcionem do jeito que funcionam com o equipamento que têm. Um grupo de separatistas não pode derrubar um avião comercial com o equipamento que tem sem o apoio da Rússia."

"O que aconteceu não foi um acidente. Aconteceu porque eles [separatistas] tiveram apoio."

O líder americano apelou ainda para que tanto a Rússia, como a Ucrânia e também os separatistas façam um cessar-fogo para que uma investigação sobre a queda da aeronave possa acontecer. Mas avaliou que cabe à Rússia tomar ações para diminuir a tensão na região. 

"[O presidente russo, Vladimir] Putin é a pessoa com maior controle sobre a situação de violência na Ucrânia e até aqui não o está exercitando", afirmou. 

"Deixei claro para Putin que nosso caminho preferido é o diplomático, mas eles têm de fazer uma decisão estratégica: continuar dando apoio aos separatistas ou que estão prontos para trabalhar com o governo da Ucrânia", acrescentou.

Segundo ele, estão a caminho da Ucrânia agentes do FBI e do National Transport Safety Board  como parte da ajuda dos EUA oferecida àquele país. 

Americano morto
O presidente confirmou que pelo menos um cidadão americano foi morto na queda do avião da Malaysia Airlines, na fronteira da Ucrânia com a Rússia: Quinn Lucas Shanzmen.

Segundo ele, o que aconteceu com os passageiros do MH17 "é um absurdo de proporções indizíveis". 

 "É uma tragédia global - um avião asiático com passageiros europeus caiu no território ucraniano."

Lista divulgada pela Malaysia Airlines na manhã desta sexta aponta que, dentre os 283 passageiros e 15 tripulantes, havia 189 holandeses, 44 malasianos (sendo 15 da tripulação mais duas crianças), 27 australianos, 12 indonésios (sendo uma criança), nove britânicos, quatro alemães, quatro belgas, três filipinos, um canadense, um neozelandês e um chinês de Hong Kong. 

Obama também lembrou os cerca de 100 especialistas em Aids que estavam a bordo do avião, a caminho de uma conferência na Austrália. Eram "homens e mulheres que dedicaram suas vidas para salvar a vida dos outros."

Reprodução Cidade News Itaú via Uol

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