O Cruzeiro é líder isolado, tem cinco pontos de vantagem para o segundo colocado, está invicto em casa, é dono do melhor ataque e tem o
artilheiro do torneio. Além, é claro, de ser a equipe que apresenta o futebol mais bem jogado do Brasil.
O que dá a medida da grande campanha no Brasileiro é que os 25 pontos conquistados em 11 jogos fazem a campanha deste Cruzeiro melhor que a dos dois títulos da era pontos corridos. Nesta mesma altura do campeonato, em 2003 o time celeste tinha 24 pontos. Ano passado eram 21. Números que credenciam o time a brigar pelo bicampeonato consecutivo que nunca teve.
Apesar do ambiente propicio para empolgação é preciso ter os pés no chão e lembrar que nem um terço do Brasileirão ainda foi jogado. Mesmo com alguns pontos perdidos por bobeira, como contra o São Paulo e o Corinthians, e pelo menos mais um contra o Atlético-MG, quando foi prejudicado pela arbitragem, ainda estamos fortes e com uma considerável vantagem. Nesse ambiente e se o campeonato não tivesse parado para a Copa, dificilmente perderíamos o título.
Se a disputa pelo quarto caneco nacional será acirrada ou não vai depender muito dos nossos jogadores e, principalmente, do nosso técnico. A partida contra o Palmeiras é um exemplo disso.
Marcelo Oliveira sabe que o time celeste é e será o principal alvo dos demais rivais. Todo mundo vai jogar muito fechado, recompondo e marcando o tempo todo. Resquícios da Copa do Mundo disputada aqui no Brasil e que deverá permanecer em alta enquanto essa lembrança estiver fresca nas cabeças dos técnicos das equipes nacionais.
Na partida contra o Palestra Paulista, a blitz do Cruzeiro começou avassaladora e antes mesmo dos 10 minutos, com maestria e eficiência, a equipe mineira já tinha dois gols de vantagens no placar. Assim como no começo do campeonato, que antes mesmo da décima rodada, o time azul já tinha 3 pontos de vantagem para o segundo e era disparada a equipe com melhor futebol da competição.
Contra o Palmeiras, Marcelo Oliveira preferiu entrar com dois volantes, visto que os paulistas estavam com três atacantes. Até o Lucas Silva tomar o primeiro cartão amarelo a estratégia funcionou. Depois, o jogador ficou amedrontado com a possibilidade de levar a segunda tarjeta amarilla e afrouxou na marcação. A culpa não foi dele, pois estava sobrecarregado. Mas após uma, duas, três jogadas efetivas do ataque alviverde, Marcelo Oliveira deveria ter sacado o jovem volante celeste e ter colocado outro jogador do seu lugar.
Mas não! Seguindo alguma cartilha ou orientação ridícula acertada entre a maioria dos técnicos brasileiros, substituição só pode ser feita no intervalo ou no segundo tempo. É preciso sentir o jogo e agir. O resultado disso foi que o Palmeiras cresceu e poderia ter chegado ao empate ainda na primeira etapa. O time só foi melhor na segunda metade do segundo tempo, depois da entrada do Tinga na equipe. Acho que agora a mensagem foi compreendida e não preciso fazer analogia nenhuma com a tabela do Brasileirão.
Outro ponto precisa ser mais bem compreendido pelos jogadores do Cruzeiro e que eles vêm pecando desde a temporada passada: quanto se tem a chance de matar uma partida, ela não pode ser desperdiçada! Everton Ribeiro é indiscutivelmente o craque do time e o jogador celeste mais habilidoso. Mas não pode perder um gol como o que ele errou ainda no primeiro tempo, cara a cara com o goleiro, quando a partida estava 2 a 0. Será que os 7 a 1 da Alemanha contra o Brasil não deixaram nenhum ensinamento?!
Vejo que estamos no caminho certo. É de três em três pontos - de vez em quando virá apenas um ou até nenhum - que vamos traçando a nossa história rumo a mais um importante título nacional. E sábado é dia de lotar o Mineirão. Depois da partida contra o Figueirense, o Cruzeiro ficará 20 dias sem atuar na Toca III, pois jogará fora contra Botafogo e Criciúma.
Então, é hora de o torcedor celeste mostrar que, mais do que nunca, está #FechadoComOCruzeiro.
Reprodução Cidade News Itaú via ESPN
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