Páginas

segunda-feira, julho 14, 2014

Israel derruba drone palestino; aumentam esforços por cessar-fogo

Tanque israelense é visto na fronteira com a Faixa de Gaza nesta segunda-feira (14) (Foto: Jack Guez/AFP)Israel afirmou ter derrubado um drone de Gaza durante sua ofensiva nesta segunda-feira (14), no primeiro envio de um aparelho não tripulado por parte de militantes
palestinos, cujos foguetes disparados contra o território israelense têm sido de modo geral interceptados.
O Hamas, o grupo islâmico que governa Gaza, afirmou que seu braço armado enviou diversos drones para realizar "missões especiais" no interior de Israel --um desdobramento que, se confirmado, marcaria um avanço na sofisticação de seu arsenal.
Pelo menos 172 palestinos, na maioria civis, foram mortos, disseram autoridades do setor de saúde de Gaza, nos sete dias de um conflito que não dá sinais de que vá acabar.
A aviação e navios de guerra israelenses atacaram 204 alvos durante a noite na Faixa de Gaza, segundo o Exército de Israel. Autoridades palestinas disseram que pelo menos 20 pessoas ficaram feridas.
Os militares israelenses disseram que o drone foi interceptado perto do porto de Ashdod por mísseis Patriot, de fabricação norte-americana, que foram usados amplamente por Israel, mas sem eficácia, contra os Scuds iraquianos na Guerra do Golfo, em 1991.
Como parte dos esforços diplomáticos internacionais para um cessar-fogo, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, cujo empenho por um acordo de paz palestino-israelense fracassou em abril, se ofereceu no domingo para ajudar na obtenção de uma trégua. A oferta teve o respaldo da França e da Alemanha, que vai enviar seu ministro de Relações Exteriores à região nesta segunda-feira.
Escalada de violência
A mais recente escalada de tensão e violência entre israelenses e palestinos começou com o desaparecimento de três adolescentes israelenses no dia 12 de junho na Cisjordânia. Eles foram sequestrados quando pediam carona perto de Gush Etzion, um bloco de colônias situado entre as cidades palestinas de Belém e Hebron (sul da Cisjordânia) para ir a Jerusalém.
O governo israelense acusou o movimento islamita Hamas, que controla a Faixa de Gaza, do sequestro. O Hamas não confirmou nem negou envolvimento. Israel deslocou um grande contingente militar para a área da Cisjordânia, principalmente na cidade de Hebron e arredores. Dezenas de membros do Hamas foram detidos, e foguetes foram disparados da Faixa de Gaza contra Israel.
Os corpos dos três jovens foram encontrados em 30 de junho, com marcas de tiros. Analistas sustentam que eles foram assassinados na noite de seu desaparecimento.
A localização dos corpos aumentou a tensão, com Israel respondendo aos disparos feitos por Gaza. No dia seguinte, 1º de julho, um adolescente palestino foi sequestrado e morto em Jerusalém Oriental. A autópsia indicou posteriormente que ele foi queimado vivo.
Israel prendeu seis judeus extremistas pelo assassinato do garoto palestino, e três dos detidos confessaram o crime. Isso reforçou as suspeitas de que a morte teve motivação política e gerou uma onda de revolta e protestos em Gaza.
No dia 8 de julho, após um intenso bombardeio com foguetes contra o sul de Israel por parte de ativistas palestinos, a aviação israelense iniciou dezenas de ataques aéreos contra a Faixa de Gaza. A operação, chamada "cerca de proteção", tem como objetivo atacar o Hamas e reduzir o número de foguetes lançados contra Israel, segundo um porta-voz israelense.
Os militantes de Gaza responderam aos ataques, disparando foguetes contra Tel Aviv. Por enquanto, só houve registro de mortes entre os palestinos – o sistema antimísseis israelense interceptou boa parte dos disparos lançados contra seu território.
Os combates são os mais sérios entre Israel e os militantes de Gaza desde a ofensiva de seis dias em 2012.

Reprodução Cidade News Itaú via G1

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!