IML exuma corpos após denúncia sobre grupo de extermínio em AL

O Instituto Médico Legal exumou dois corpos que estavam no Cemitério São José, localizado no bairro do Trapiche da Barra, em

Maceió, na manhã desta quarta-feira (30). O procedimento foi realizado após uma denúncia anônima feita à polícia de que um grupo de extermínio estava executando e enterrando as vítimas no local.

De acordo com o delegado Denisson Albuquerque, três pessoas foram presas na terça-feira (29) suspeitas de integrar o grupo criminoso. Ainda segundo Albuquerque, as investigações começaram há cerca de três meses, mesmo tempo em que o relato foi feito por meio do Disque Denúncia. "A pessoa que denunciou disse conhecer os integrantes do grupo de extermínio. Efetuamos as prisões, mas não podemos passar a identidade deles para não atrapalhar as investigações. Ainda buscamos outros suspeitos, a quadrilha é composta por pelo menos cinco pessoas", informou.

A denúncia apontava a localização exata de onde estava enterrado apenas um corpo. Entretanto, durante as escavações, autorizadas pelo juiz Johns Silas, titular da 8ª Vara Criminal da Capital e acompanhadas de perto pela Polícia Civil e pela Polícia Militar, os peritos encontram outro corpo.

"Nós sabíamos que tinha um corpo enterrado aqui, mas acabamos encontrando dois. Ainda não posso dizer que os dois foram vítimas do grupo de extermínio. É preciso avançar na apuração dos fatos", explicou Albuquerque.

O diretor do IML, Luiz Carlos Mansur, informou que os corpos foram levados para o instituto, onde serão periciados. O prazo para que o resultado do laudo seja entregue é de 15 a 30 dias, mas se for necessário, será pedida a prorrogação desse prazo. Já a identificação só será possível através do exame da arcada dentária e por exame de DNA, mas em ambos os casos, os exames só serão realizados quando forem localizadas as supostas famílias das vítimas. "Os médicos-legistas vão examinar os cadáveres, mas não podemos precisar o tempo que isso vai durar. Os corpos estão em estado de decomposição avançado, pode ser um processo demorado", explica.

A exumação também foi acompanhada pelo delegado-geral da Polícia Civil, Carlos Reis. Segundo a polícia, as investigações continuam e pode haver novas exumações em outros cemitérios públicos da capital.

Reprodução Cidade News Itaú via G1